Centenas de pessoas, na maioria comunicadores, protestaram neste domingo (2) em Veracruz, no México, contra o assassinato do fotojornalista Rubén Espinosa e mais quatro mulheres. Os corpos das vítimas foram encontrados no último sábado (1º) em um apartamento na Cidade do México.
Continua depois da publicidade
O corpo de Espinosa, fotojornalista de 31 anos, foi identificado na mesma noite, após ser encontrado baleado e com sinais de tortura. Durante esta madrugada, um grupo de pessoas se reuniu no centro da cidade de Xalapa, capital do Estado mexicano de Veracruz, onde há dois meses ele vivia e trabalhava.
Morre adolescente esfaqueada por extremista judeu no desfile do Orgulho Gay em Jerusalém
Israel aumenta repressão aos extremistas judeus após críticas
A cidade teve mais um protesto neste domingo (2), mas a maior manifestação foi registrada nesta tarde na Cidade do México, quando cerca de duas mil pessoas se concentraram no turístico Angel de la Independencia.
Continua depois da publicidade
Em Guadalajara, Chilpancingo, Acapulco, Oaxaca e Cancún também houve manifestações contra o crime.
Junto com Espinosa também foram encontradas quatro mulheres, que seriam amigas do fotojornalista. Uma delas, identificada como Nadia Vesa, era ativista de direitos humanos em Veracruz. Presume-se que outra das três mulheres seja colombiana.
– Cada uma das vítimas apresentava uma ferida na cabeça produzida por disparo de arma de fogo e algumas escoriações em diversas partes do corpo – informou em coletiva de imprensa o promotor Rodolfo Ríos.
Segundo Ríos, as autoridades trabalham com “várias linhas de investigação”, incluindo roubo. Ele não especificou se há elementos que indiquem que o homicídio de Espinosa esteja relacionado ao seu trabalho.
Ríos diz que Espinosa se mudou para a capital mexicana em busca de “novas oportunidades”, mas o próprio fotojornalista e algumas ONGs haviam alertado em junho que ele sofreu agressões e intimidações em Veracruz.
Continua depois da publicidade
Nigéria anuncia ataque aéreo contra o Boko Haram
Quatro imigrantes morrem afogados tentando chegar a Ceuta
Espinosa dava ampla cobertura a manifestações que exigiam o esclarecimento de assassinatos de profissionais de comunicação.
De acordo com os Repórteres sem Fronteiras, o México é um dos países que oferece maior risco para o exercício do jornalismo, com mais de 80 assassinatos e 17 desaparecimentos de profissionais da área na última década.
* AFP