A rua Tijucas, no bairro Armação, em Penha, Litoral Norte do Estado, amanheceu movimentada neste sábado. A via estreita estava repleta de carros e de pessoas que andavam desordenadas, faziam comentários entre si e hora ou outra levavam a mão a cabeça ou apresentavam o olhar perdido, de quem não se conforma com o que ocorreu.
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A aparente confusão se deve a chacina ocorrida na casa de número 231 na noite de sexta-feira, por volta das 22 horas, a qual vitimou quatro pessoas de uma mesma família: Luiz Nilo Flores, 72 anos; Carmem Cunha Flores, 69 anos; Leopoldina Carmem Flores, 41 anos, e Pedro Henrique Flores, 10 anos – todos mortos com requinte de crueldade, a golpes de martelo e de marreta.
A violência do crime surpreendeu até mesmo aos policiais. Um agente da Polícia Civil que estava de plantão na Delegacia de Balneário Piçarras comentou que nunca soube de um crime brutal como este na região.
Zilda, uma dos 11 filhos do casal de idosos assassinado, chegou ao endereço próximo do meio-dia. Descontrolada, expos a dor arrebatadora que sentia. “Onde tu tais meu Deus? Por que você não pegou um desgraçado desse? Ela (a mãe) chegava a ter calo no joelho, passava a vida na igreja. Como que o senhor deixou isso acontecer com ela?”, disse, aos prantos.
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Os corpos foram descobertos por um dos filhos do casal. Ele contou aos policiais que no momento do crime estava tomando banho e não ouviu nada. Ele chegou a ser levado pela Polícia Militar (PM) para prestar esclarecimentos, mas foi liberado ainda na madrugada deste sábado.