Assassinato de empresário em Imaruí pode ter sido queima de arquivo

O assassinato do empresário Edson Réus, de 33 anos, gerente de um supermercado de propriedade da família em Imbituba, no Sul do Estado, pode ter sido queima de arquivo, suspeita a polícia. O corpo dele estava no porta-malas de um carro incendiado descoberto no município vizinho de Imaruí.

O primeiro dia de investigação policial apontou várias situações suspeitas que podem ajudar a esclarecer o misterioso crime. O veículo Audi A3 com placas de Gaspar comprado há pouco mais de um mês é um dos pontos de partida.

– Há algumas circunstâncias interessantes referentes à compra do veículo, mas outros assuntos merecem muita atenção. Pode ter havido vingança ou queima de arquivo – diz o delegado responsável pelo caso, César Reynaud.

A vítima morava sozinha nos fundos do supermercado e por volta das 21h teria telefonado para a namorada dizendo que iria sair para resolver alguns compromissos. Horas depois o corpo de Réus foi encontrado no bagageiro do Audi na localidade de Águas Moras, distante cerca de 10 quilômetros do estabelecimento que gerenciava.

Os moradores da localidade ouviram um estouro e a polícia constatou no local que houve a explosão de um botijão de gás colocado junto ao corpo no porta-malas, o que deixou os investigadores intrigados. Dos 10 botijões do depósito do supermercado do empresário restaram nove. O delegado Reynaud quer saber se o recipiente sumido foi o utilizado no crime e quem o retirou do local em que estava guardado.

Outro fato curioso investigado seria a quantia de R$ 300 mil supostamente guardados em casa pela vítima e que teria motivado um desentendimento na família. O histórico de uso de documentos falsos de veículos pelo empresário também está na mira da polícia.

– Vamos juntar todas essas peças e montar o quebra-cabeça – diz o delegado Reynaud.

O corpo de Edson Réus foi reconhecido e liberado do Instituto Médico Legal (IML) de Laguna às 11h30min. O sepultamento será hoje às 10h no cemitério municipal de Jaguaruna.