O assassinato da comerciante Miriam Hatsue Abe, dona de uma loja de aviamentos e floricultura, chocou a comunidade de Garuva, no Norte catarinense, neste sábado (10). Amigos homenageram a vítima em postagens enquanto a polícia investiga a possível motivação para o crime.
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Segundo o delegado Eduardo Defaveri, responsável pelo caso, Miriam tinha por volta de 50 anos e era muito conhecida pelos moradores da cidade. A morte da comerciante chocou a comunidade, visto que o caso é considerado atípico para a região.
— Ela era muito bem-quista. As pessoas não entenderam porque o crime aconteceu já que ela era muito bem-vista — disse o delegado.
Nas redes sociais, clientes e amigos publicaram homenagens à comerciante. Muitas pessoas comentaram sobre o carinho que a comunidade tinha por Miriam e que ela “em vida já era luz”.
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“Seu sorriso e alegria vai fazer falta”, afirmou uma cliente. “Grande mulher, o melhor atendimento de Garuva. Sempre sorridente e pronta para atender as pessoas com muita atenção e cordialidade. Ser tirada dessa maneira tão brutal e covarde de nossas vidas, que não fique impune”, publicou outra moradora da cidade.
“Mulher incrível que passou por nossas vidas”, escreveu outra moradora. “Era uma amiga de coração gigante, uma mãe super protetora. Que Deus te receba em seu braços”, registrou mais uma amiga da vítima.
Em uma postagem, uma mulher relatou ter conversado com a vítima por mensagem na manhã deste sábado, antes do crime. “8h19min da manhã recebo um ‘bom dia’ com muito carinho… Um pedido de marmita, como é feito todo sábado. Aí você responde, passa o cardápio e não recebe o retorno. Liga e nada de atender. Aí descobre que um ser do inferno tenta tirar sua vida”, narrou a amiga.
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Polícia segue quatro linhas de investigação
A Polícia Civil investiga qual seria a motivação para o assassinato da dona da loja de aviamentos e floricultura. De acordo com Defaveri, o crime possui quatro linhas de investigação que ainda estão sendo analisadas e podem ser descartadas com o prosseguimento da apuração.
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— A gente ainda não tem uma certeza absoluta. Por isso, tudo precisa estar sob sigilo e as hipóteses estão sendo apuradas — afirmou o delegado.
A possibilidade de ser um feminicídio não foi descartada pelos investigadores, pois a qualificação do crime ainda não está clara. Além dessa hipótese, os policiais avaliam que poderia ser apenas um homicídio por questões sem relação com o gênero.
O delegado não sabe precisar quanto tempo o inquérito ainda deve levar para ser concluído, mas afirmou que mais pessoas serão ouvidas na segunda-feira (12).
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Entenda o caso
De acordo com a polícia, Miriam foi morta após ser atingida por pelo menos quatro disparos de arma de fogo neste sábado (10).
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Os tiros teriam partido de um carro com duas pessoas dentro. Segundo a polícia, o veículo parou em frente ao estabelecimento da vítima, localizado na Avenida Celso Ramos, no bairro Urubuquara, por volta das 8h30.
Segundo os policiais, uma pessoa que estava no banco do carona teria chamado a dona da floricultura e, quando ela apareceu, aconteceram os disparos. Os autores fugiram do local.
Os bombeiros foram chamados para prestar os primeiros socorros à vítima, que foi encaminhada ao Pronto Atendimento de Garuva. No entanto, Miriam não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo logo após dar entrada na unidade de saúde.
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