O homem acusado de matar um adolescente de 17 anos no Centro de Florianópolis foi condenado a 27 anos de prisão em regime fechado. A decisão saiu por volta das 16h30min desta quinta-feira (7), após julgamento de pouco mais de sete horas na comarca de Florianópolis.

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A condenação ocorreu por homicídio duplamente qualificado. Segundo a acusação, ocorreu por motivo torpe e de forma que dificultou a defesa da vítima. O autor teve negado o direito de recorrer em liberdade. O julgamento teve depoimentos de testemunhas e do réu na parte da manhã. À tarde houve a manifestação da promotoria e a definição da sentença por parte dos jurados.

O acusado Jonas Martins Vieira era uma pessoa em situação de rua e atingiu o peito do jovem com um golpe de faca. O caso ocorreu na região do Largo da Alfândega, no centro da Capital. O caso ocorreu há exatamente um ano, em 7 de novembro de 2023. O crime teria ocorrido após uma discussão do acusado com a vítima, um adolescente de 17 anos que estava com um amigo e uma amiga brincando com uma bola na região depois de sair da escola. Ele era aluno do terceiro ano do Ensino Médio do Instituto Estadual de Educação.

Segundo o relatório do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o morador de rua teria implicado com o grupo do jovem e constrangeu a amiga dele com falas de cunho sexual. A situação causou uma briga entre Jonas e os adolescentes.

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Ainda conforme a acusação, Jonas teria aguardado a vítima se despedir dos amigos e ficar sozinha para se aproximar e atingi-lo com golpes de faca. A arma atingiu o tórax da vítima. A vítima era um jovem estudante do Instituto Estadual de Educação. Ele estava no terceiro ano do Ensino Médio.

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De acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), o acusado tem outras cinco condenações. Ele já foi sentenciado a primeira vez por maus tratos a animais. A segundo foi por roubo. A terceira e a quarta vez pelo crime de furto qualificado. E a quinta vez foi pelos crimes de furto qualificado, desobediência e falsa identidade. Por conta da legislação, o acusado estava solto há menos de um mês quando cometeu o crime de homicídio.

A família da vítima, natural do Rio de Janeiro, mudou-se para Florianópolis meses antes do crime, justamente para fugir da violência urbana dos grandes centros.

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Contraponto

A defensora pública Fernanda Mambrini Rudolfo, que representa o réu, afirma que a defesa pretende recorrer da decisão por entender que o caso foi uma lesão corporal seguida de morte, em razão da ausência de dolo (intenção) por parte do autor. Além disso, a defensora aponta que a pena aplicada foi muito alta e também pedirá a revisão desta punição.

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