A ação de criminosos no Bradesco de Apiúna, nesta terça-feira (17), foi o quinto grande assalto registrado neste ano no Vale do Itajaí. Desses, quatro foram em bancos — em Mirim Doce, Blumenau e Vidal Ramos, além deste último — e um é referente ao crime no Aeroporto Regional de Blumenau.

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Todos esses assaltos ocorreram no espaço de tempo de pouco mais de nove meses, entre o dia 1º de março, nas agências do Banco do Brasil e da Cresol de Mirim Doce, no Alto Vale, e 17 de dezembro.

Mas, afinal de contas, por que o Vale do Itajaí vem sendo palco de tantas ocorrências desse tipo em 2019?

O coronel Araújo Gomes, comandante da Polícia Militar de Santa Catarina, aponta três motivos pelos quais os assaltos a bancos ocorrem na região.

Primeiro, conforme o militar, é o tamanho das cidades e a quantidade de ligações entre localidades — as chamadas estradas vicinais. Araújo Gomes explica que essas vias contribuem para a fuga dos criminosos e dificultam o trabalho da polícia.

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O segundo ponto, para o comandante, é o apoio local. Na avaliação da Polícia Militar do Estado, o grupo que vem cometendo esse tipo de crime na região tem suporte de pessoas das próprias localidades para organizar e cometer o crime.

O terceiro motivo é a proximidade do Vale do Itajaí com o Paraná, o que segundo Araújo Gomes acaba sendo um facilitador da fuga dos criminosos.

— Trabalhamos com esses três eixos, mas não temos dúvidas que esses crimes estão com os dias contados — afirma o comandante da PMSC.

Três prisões ocorreram nesta quarta-feira (18)

A Polícia Militar também confirmou a prisão de mais três suspeitos de participação no assalto a banco de Apiúna. A informação foi dada durante o Jornal do Almoço da NSC TV pelo coronel Araújo Gomes. As prisões ocorreram em Apiúna, em uma região de mata que já estava sendo monitorada pelos investigadores.

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Mais de R$ 208 mil recuperados

Parte do dinheiro levado do assalto a banco desta terça-feira (13) em Apiúna, no Médio Vale do Itajaí, foi recuperada em uma operação das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal que começou logo após a ação dos criminosos.

Ao menos R$ 208 mil já foram apreendidos, porém esse valor será ainda maior. Isso porque os investigadores conseguiram recuperar também cinco cassetes — que são uma "caixa" onde fica o dinheiro dos caixas eletrônicos.

Esses dispositivos, como é possível ver na foto acima, estão intactos, o que indica que todas as cédulas estão dentro. De acordo com fontes da reportagem ligadas à Polícia Civil, o gerente do banco não soube informar qual valor havia em cada um desses cassetes.