Assaltos com reféns transformados em escudos humanos, como aconteceu na manhã desta terça-feira no Banco do Brasil em Timbó Grande, no Planalto Norte, são raros em Santa Catarina.

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Essa tática dos criminosos para garantir a fuga ficou conhecida em invasões de quadrilhas que agiam no Norte e Nordeste do Brasil, levando medo em cidadezinhas pequenas e com baixo efetivo policial.

Apesar disso, a suspeita inicial da Polícia Militar da região é que os criminosos possam ser de Santa Catarina. Isso porque testemunhas ouviram o sotaque deles.

– O sotaque é da região Oeste, ou Planalto Serrano e não seria de pessoas de fora – comentou o comandante do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) de Curitibanos, tenente Luiz Antônio Borges Filho, a partir de conversas com reféns.

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O ataque em Timbó Grande acontece em meio a uma onda de assaltos a bancos no interior catarinense, mas até então os bandos vinham agindo de madrugada e com explosivos para abrir caixas eletrônicos.

Desta vez, a invasão foi às 10h e com reféns. Os criminosos atiraram dentro da agência para amedrontar as vítimas e ameaçaram matar um refém caso o cofre não fosse aberto.

A PM informou que eles fugiram apenas com o dinheiro dos caixas, cerca de R$ 10 mil.

– O módus-operandi foi diferente aos assaltos que vêm acontecendo, mas também foi uma quadrilha de assaltantes com armamento pesado, com noções táticas para se locomover e se abrigar. Não são amadores. Com certeza são profissionais – disse o comandante.

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Dois PMs na cidade

Pela manhã, havia dois policiais militares de serviço em Timbó Grande. A equipe soube logo do assalto, mas pouco pode fazer diante dos reféns como escudos humanos. A dupla então ficou à distância para garantir a segurança das vítimas.

Os PMs chamaram reforço da região e foram mobilizadas guarnições do PPT de Curitibanos e Mafra, que levaram cerca de uma hora para chegar.

O helicóptero da PM de Lages também foi acionado, mas as condições ruins do tempo impediram o voo.

– Todos os assaltos têm sido em cidades com poucos policiais. Precisamos de efetivo na região – observou o comandante.

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Os reféns foram liberados numa estrada de terra que dá acesso a Canoinhas. Os ladrões abandonaram a Caminhonete e trocaram de veículo, cujo modelo ainda não foi identificado. A Caminhonete tinha placas frias.

Caminhonete foi abandonada a seis quilômetros de Timbó Grande.

Ataque semelhante em Santa Cecília

Outra invasão de banco semelhante com reféns feitos escudos humanos aconteceu em Santa Cecília e também contra o Banco do Brasil, em agosto de 2014.

Nesse roubo a quadrilha levou R$ 1 milhão. O bando seria do Paraná e até hoje ninguém foi capturado.

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