Um dos suspeitos presos pela polícia por participação no assalto em Criciúma tem histórico de atuação em uma organização criminosa de São Paulo, que atua dentro e fora de presídios no Brasil inteiro. Ele foi detido em Gramado-RS nesta quinta-feira (3) de manhã, e a polícia ainda investiga qual era a ligação dele com o crime em SC.

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Segundo o G1, o suspeito é Márcio Geraldo Alves Ferreira, conhecido como Buda. Ele estava preso até o ano passado, e é conhecido por ter sido o responsável pelo plano de fuga em 2014 do chefe da facção, conhecido como Marcola. Conforme a polícia, Buda também já comandou o tráfico de drogas na Zona Norte de São Paulo e em Guarulhos-SP.

Ele está entre os nove suspeitos presos até agora pelo assalto ao Banco do Brasil em Criciúma, que ocorreu na madrugada de terça-feira (1º). Em coletiva nesta quinta-feira, o delegado João Paulo Abrei, da DEIC de Porto Alegre, disse que o preso estava “intensamente relacionado a uma organização criminosa”.

Buda foi preso junto de outra pessoa nesta quinta em uma casa em Gramado, na Serra Gaúcha. Além deles, foram presos também suspeitos em Morrinhos do Sul-RS, São Leopoldo-RS, São Paulo-SP e na divisa entre SC e RS, entre as cidades de Passos de Torres e Torres.

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A investigação está sendo feita pela Polícia Civil, mas nesta quinta (3) a Polícia Federal também abriu inquérito para apurar o envolvimento de facções criminosas no assalto, além de outros desdobramentos como a lavagem do dinheiro.

O assalto

Conforme a polícia, cerca de 30 homens encapuzados atuaram no assalto à agência bancária. A ação teve início no fim da noite de segunda (30), por volta das 23h50min, e se estendeu ao longo da madrugada de terça.

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Os criminosos provocaram incêndios, bloquearam ruas e acessos à cidade, atiraram contra o BPM e usaram pessoas como escudos – a polícia estima que entre 10 e 15 pessoas foram feitas reféns, seis delas funcionários do Departamento de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma que pintavam faixas nas ruas da cidade.

Desde então, esforços policiais e da perícia levam a investigação em direção aos suspeitos. O andamento das investigações do grande assalto já apontou que os bandidos teriam ficado ao menos três meses na cidade organizando o crime, chegou ao galpão utilizado pelos criminosos em Içara, à suposta identificação de um dos envolvidos e à prisão de suspeitos.

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