As investigações para identificar a quadrilha que explodiu o cofre central de uma agência do Banco do Brasil na madrugada desta terça-feira (1º) em Criciúma, no Sul de SC, vão demandar “um longo prazo”. É o que afirmou o delegado-geral da Polícia Civil de SC e chefe do colegiado de segurança de Santa Catarina, Paulo Koerich, em entrevista exclusiva ao grupo NSC no final desta tarde.
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Isso porque todos os vestígios encontrados pela perícia e todas as informações que chegarem à investigação serão analisados minuciosamente.
– É um trabalho que deve ser feito de forma muito meticulosa. As investigações requerirão um prazo longo para poderem ser realizadas, assim como todas as informações que recebemos são checadas e isso requer tempo – disse Koerich.

Ainda conforme Koerich, as apurações para chegar aos nomes dos envolvimentos no ataque iniciaram durante a madrugada entre todas as unidades de segurança de Santa Catarina e dos demais estados, assim como as perícias, que ainda estão em andamento.
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– Agora no final da tarde estamos periciando os veículos que foram encontrados e apreendidos, veículos esses que foram utilizados na fuga – disse.
O delegado também mencionou que o crime foi planejado e que “teve um tempo de maturação”, o que contribuiu para que a quadrilha tivesse “êxito na busca de informações” e não descarta a possibilidade de a quadrilha ter convivido com os moradores de Criciúma por longos meses, assim como ocorreu no assalto ao Aeroporto Quero-Quero, em Blumenau.
IGP encontra sangue em carro de criminosos
O Instituto Geral de Perícias (IGP) encontrou uma poça de sangue em um dos carros usados pela quadrilha. O sangue estava no único veículo não blindado, dos 10 que foram usados pelos criminosos. A informação foi confirmada ao Diário Catarinense no final da tarde desta terça-feira.
Assalto a banco em Criciúma: saiba o que é verdade e mentira sobre o crime
Desde o início da manhã, o IGP trabalha no local do crime e coleta vestígios que possam contribuir para a identificação do grupo criminoso que cometeu o assalto em Criciúma. Foram mobilizados peritos criminais, bioquímicos, papiloscopistas e agentes de perícia para a execução dos exames.
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O principal objetivo é encontrar resquícios biológicos, como impressão digital, eventuais manchas de sangue ou outros elementos que apontem o DNA dos suspeitos. Segundo a assessoria da instituição, essas informações serão lançadas no banco de dados para tentar buscar autoria.
Caminhão incendiado foi roubado em 2018
Uma perícia realizada por policiais rodoviários federais descobriu que o caminhão queimado durante a madrugada desta terça-feira na entrada do túnel do Morro do Formigão, no km 337 da BR 101, em Tubarão, foi roubado há dois anos e circulava clonado.

O Mercedes Benz que bloqueou o túnel e dificultou a chegada da polícia a Criciúma foi roubado em Araraquara (SP) em 26 de outubro de 2018, mas circulava com placas clonadas de um outro caminhão com as mesmas características.
As informações obtidas com a perícia do veículo também contribuiram nas investigações policiais.
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