A Polícia Civil de Santa Catarina vai investigar se uma mulher presa em São Paulo na manhã desta quarta-feira (2), com munições de fuzil e detonadores de explosivos, tem ligação com o assalto a banco que ocorreu em Criciúma, no Sul de SC, na madrugada de terça-feira (1º). A informação foi confirmada pelo diretor da Delegacia de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de SC, delegado Luis Felipe Fuentes.
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Segundo Fuentes, a informação sobre a prisão da mulher e a apreensão dos materiais chegou à Deic, mas ainda não é possível afirmar que ela é suspeita pelo envolvimento.
– Será, sim, averiguada a situação, mas não podemos confirmar o envolvimento – resumiu o delegado.
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A reportagem do Diário Catarinense teve acesso ao boletim de ocorrência feito em São Paulo.
Os registros informam que a mulher foi presa em flagrante depois que a polícia paulistana recebeu denúncias sobre o suposto envolvimento de um morador da zona sul da capital paulista no “grande roubo ocorrido na data de ontem (terça-feira) no município de Criciúma, onde houve a utilização de explosivos e armas grosso calibre”.
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Com as informações recebidas, agentes do 25º Distrito Policial foram até uma casa no bairro Jardim Reimberg onde encontraram os cartuchos de fuzil calibre 7,62 mm – cartucho também utilizado no assalto – carregadores de pistola calibre 9mm, cocaína, 10 telefones celulares, um porta fuzil e uma caixa com espoletas para acionar os explosivos.
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O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) chegou a ser acionado para recolher os detonadores, que serão periciados. A mulher foi presa em flagrante no bairro Jardim Reimberg, em São Paulo, e será investigada. Todos os objetos foram apreendidos.
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Polícia encontra galpão usado por assaltantes
Nesta quarta-feira (2) a Polícia Militar também encontrou o galpão utilizado pelos assaltantes na madrugada do crime. A polícia ainda investiga qual foi a utilidade do espaço na organização do assalto.
O andamento das investigações do crime também aponta que os bandidos teriam ficado ao menos três meses na cidade organizando a ação que contou com cerca de 30 homens encapuzados e, pelo menos, 10 veículos de alto padrão – nove deles blindado.
A ação teve início no fim da noite de segunda (30), por volta das 23h50min, e se estendeu ao longo da madrugada de terça. Um policial militar foi ferido em confronto com a quadrilha e segue hospitalizado em estado grave de saúde.
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