Madrugada de terror em Araçatuba, interior de São Paulo. Dezenas de assaltantes fortemente armados atacaram agências bancárias no município que fica a cerca de 500 quilômetros da capital paulista. Pedestres que estavam na rua no momento do início do ataque, por volta da meia-noite, foram feitos reféns e usados como escudos humanos — prática que vem se tornando comum em fugas após mega-assaltos a banco. Três mortes foram confirmadas, de dois moradores e de um criminoso. Dois já foram presos.
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Dezenas de bandidos participaram do assalto e chegaram até a cercar unidades da Polícia Militar. Veículos de comunicação locais falam em até 50 assaltantes envolvidos no crime. Quatro pessoas foram socorridas com ferimentos. Uma delas é um ciclista que teve os pés amputados após uma explosão. Conforme o G1, os criminosos também teriam contado com o apoio de um drone para monitorar a movimentação policial e definir estratégia para a fuga.
— Sensação horrível, um horror — disse o prefeito Dilador Borges.
Policiais de outras cidades como Bauru, Ribeirão Preto e Presidente Prudente também foram acionados para dar apoio. Os assaltantes chegaram a fechar a Rodovia Marechal Rondon, um dos acessos a Araçatuba, para frear o avanço das guarnições policiais. Quatro veículos — incluindo ao menos um ônibus — foram incendiados em cima do asfalto.
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Em um comunicado, a prefeitura pediu à população de Araçatuba que não saia de casa até que a situação esteja controlada pelos órgãos de segurança pública. Há explosivos espalhados pelas ruas e, por isso, há necessidade de acionamento de equipes antibombas para evitar acidentes.
Não há informação sobre as buscas aos criminosos.
Histórico de assaltos em SC
Santa Catarina viveu ao menos dois mega-assaltos nos últimos anos. O primeiro ocorreu em março de 2019, quando criminosos fortemente armados entraram no Aeroporto Regional de Blumenau em dois carros blindados. Eles entraram em confronto com funcionários de uma empresa de transporte de valores e levaram cerca de R$ 9 milhões. Uma mulher morreu e dois seguranças ficaram feridos.
À época, os criminosos usaram fuzis AK-47 e metralhadoras .50, capazes de derrubar aeronaves. O assalto, então, foi considerado o maior da história do Estado.
Até 2020. Isso porque em dezembro do ano passado, ao menos 30 criminosos fizeram de Criciúma palco de uma madrugada de terror. Em uma ação coordenada, os assaltantes roubaram R$ 125 milhões do Banco do Brasil e deixaram um policial gravemente ferido durante a troca de tiros.
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