Órgãos ligados à Organização Mundial da Saúde (OMS) e à Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) anunciaram que o aspartame, um dos adoçantes artificiais mais utilizados na indústria alimentícia, é “possivelmente cancerígeno”.
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No entanto, há um limite seguro para a ingestão diária do produto e que não causaria danos se a quantidade limite for respeitada. O comunicado foi divulgado na última quinta-feira (13).
Qual a quantidade indicada diária de aspartame?
De acordo com a OMS, é seguro consumir até 40 mg/kg do peso corporal por dia. Em uma lata de refrigerante sem açúcar, por exemplo, que contém 200 mg de aspartame, uma pessoa com 70 kg precisaria consumir 9 latas diárias para exceder o limite.
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Dessa maneira, quem consumir o produto até essa quantidade indicada não tem nenhum risco de desenvolver efeitos colaterais.
Há consumo seguro de refrigerante com esse tipo de adoçante artificial?
O estudo
No estudo feito pelo Comitê Misto FAO/OMS de Especialistas em Aditivos Alimentares e pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer foi avaliado o perigo cancerígeno do aspartame e outros riscos relacionados ao consumo da substância.
As análises verificaram limitações nas evidências em relação ao potencial cancerígeno do adoçante. Segundo o estudo, o aspartame seria apenas “possivelmente cancerígeno”.
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Dessa maneira, não há razões suficientes para mudar a dose máxima diária recomendada para o consumo, que é de até 40 mg/kg.
Aspartame no Brasil
O uso da substância é autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão governamental encarrega em fazer avaliações de segurança, incluindo a definição de limites máximos de consumo diário. A avaliação se baseia nas diretrizes da FAO e da OMS.
Até o momento, há um consenso internacional no qual considera o aspartame seguro, caso seja consumido pelo indivíduo dentro da ingestão diária recomendável ou aceitável.
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O que é o aspartame?
Sendo 200 vezes mais adocicado que o açúcar, só é preciso uma pequena quantidade de aspartame para realçar o sabor dos alimentos. A substância deriva da combinação de 2 aminoácidos: a fenilalanina e o ácido aspártico. O aditivo alimentar é um adoçante artificial com baixas calorias e o valor calórico é de 4 kcal/g.
O potencial adocicado do aspartame foi descoberto em 1965, pelo químico estadunidense, James Schlatter. Ele tentava produzir uma droga contra a úlcera, quando decidiu lamber o dedo e viu o potencial doce do composto orgânico.
Onde é possível encontrar o aspartame?
Ele pode ser encontrado em uma ampla gama de produtos “diet”, light” ou 0% de açúcar. Entre eles estão doces, bebidas, sobremesas e laticínios. Há, portanto, vários produtos disponibilizados nos supermercados que contém a substância.
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Em comum, esses produtos são recomendados para pessoas diabéticas ou com hipoglicemia, pelo fato de não ter açúcar. Além disso, o aspartame também é o adoçante de mesa que pode ser colocado no café, em sucos, entre outras bebidas.
*Por Daniel Senna, Especial
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