A paisagem da Estação da Memória, antiga estação ferroviária, não sofreu alterações desde que a Fundação Cultural de Joinville (FCJ) firmou o compromisso de reparar a pavimentação de cerca de 70 metros, instalada irregularmente no entorno do prédio tombado, dois meses. Por mais rápido que a plataforma tenha sido feita para uso do Instituto de Trânsito e Transporte (Ittran), sua retirada não é tão simples.
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A equipe do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Florianópolis trabalha desde então para elaborar um termo de compromisso em que estabelece os procedimentos corretos para a ação. De acordo com a portaria nº 187, “reparar, pintar ou restaurar coisa tombada sem prévia autorização do Iphan” acarreta multa de 50% sobre o valor do dano, além de sua reparação.
No entanto, só com o documento é que a FCJ poderá agir sobre o caso. A superintendência estadual do órgão não quis se pronunciar quanto ao prazo para entrega do documento e nem dar detalhes sobre quais procedimentos deverão ser adotados pela Prefeitura.
O asfalto foi feito sem a autorização do órgão do patrimônio histórico. Por ser protegido por lei há quase 20 anos, o local não deve sofrer intervenções sem a liberação do instituto. A plataforma serviria para atividades da Escola de Trânsito do Ittran.
A denúncia chegou por meio da sociedade civil ao escritório do Iphan de São Francisco do Sul em maio. Em 5 de junho, o presidente da FCJ e vice-prefeito, Rodrigo Coelho, se pronunciou sobre o prazo da retirada, estimando dois meses para a conclusão do caso.
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A estação ferroviária foi construída em 1906. Após sua desativação, a Fundação Cultural Catarinense (FCC) realizou, em 1996, o tombamento estadual. Doze anos depois, o Iphan conferiu ao prédio o novo tombamento, reconhecendo desta vez sua importância nacional. Foi em 2008 também que o local foi reinaugurado após concluída a restauração. Antes do asfalto, havia no espaço uma plataforma de concreto.