Asafa Powell, novo recordista mundial dos 100m rasos, foi recebido como herói nesta quarta, dia 15, em seu retorno à Jamaica. Acompanhado por seu técnico Stephen Francis, Powell encontrou-se com autoridades do governo, incluindo o ministro dos esportes Portia Simpson Miller.

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Na última terça, dia 14, o jamaicano tornou-se o homem mais rápido do mundo ao cravar 9s77 no Super GP de Atenas, baixando o recorde anterior, 9s78, que pertencia ao norte-americano Tim Montgomery há três anos.

Poweel era um dos favoritos ao ouro nas Olimpíadas de Atenas, em agosto passado, mas acabou ficando com o quinto lugar. Sua próxima competição será o Campeonato Nacional, que vai definir a equipe para o Mundial de Helsinque, na Finlândia. Lá, o jamaicano garante que deve baixar ainda mais o novo recorde.

– A maneira como estou correndo nesta temporada me enche de confiança. Tenho ficado na casa dos 9s8 em toda prova que disputo – disse.

O recorde do jamaicano demonstrou que atletas de ponta de países subdesenvolvidos não precisam emigrar para obterem resultados. Powell é o primeiro expoente de um programa lançado pela sua compatriota Brigitte Foster, vice-campeã mundial dos 100m com barreiras.

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Foster tenta garantir que atletas da Jamaica não mudem para América do Norte ou Europa. Ela encontrou Powell em 2000, quando ele tinha 17 anos e seu principal interesse era o futebol. Até então, ele jamais havia disputado uma prova de atletismo.

– Eu era um meia-atacante e marcava muitos gols – disse o ex-jogador e agora velocista ao jornal britânico The Times.

Ao quebrar a marca de Tim Montgomery, o jamaicano deixou a Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) aliviada. Isso porque agora a entidade não precisa se preocupar em cancelar o recorde do norte-americano, caso ele seja condenado por envolvimento com doping.

Montgomery foi considerado culpado pela Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA) por sua ligação com o laboratório Balco, acusado de distribuir substâncias proibidas a atletas de elite. O velocista nunca foi pego em exame antidoping, e entrou com recurso na Corte de Arbitragem do Esporte.

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Se o tribunal máximo do esporte ratificar a decisão da USADA, a Iaaf teria então de cancelar o tempo de 9s78 registrado em setembro de 2002 por Montgomery, em Paris.

Com informações da Gazeta Press.