Benjamin, 1 ano e 5 meses, caminha em direção ao mar como aquelas tartaruguinhas que acabaram de nascer. Ramón, 6 anos, corre atrás da bola igual faz na quadra da escola. Pedro Henrique, 3 anos, segue o vaivém com o baldinho nas mãos, enquanto a irmã, Isabella, 6 anos, monta o castelo de areia com a amiga que recém conheceu. Em alto estilo, Manoela, 4 anos, e Pedro, 5 anos, esbanjam o charme da moda à beira-mar.
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Tudo isso em um cenário um pouco surpreendente, a praia de Jurerê Internacional. Situado no norte da Ilha, em Florianópolis, o lugar ganhou status pelas festas e shows. Agora, a poucos dias da chegada do verão, o perfil dos frequentadores é outro. Famílias em férias desfrutam do mar calmo, boa estrutura e localização privilegiada para um ritmo que nada tem a ver com o eletrônico dos descolados beach clubs. Por enquanto, a badalação é outra. Ou seria pré-balada?
Uma caminhada pela praia e se nota a mudança de perfil. Jurerê Internacional tornou-se residência temporária de famílias. Nesses dias não se vê ostentação com espumantes. Mas sucos em mamadeiras. Sem tilintar de taças ou open-bar. Mas destampar de tapoeres (potes), fartos em frutas cortadinhas em cubinhos. Mulheres não carregam bolsas de grife. Mas são várias as sacolas, sacos, saquinhos.
Os pais de Benjamin, Celsa Soares e Vinícius Saturno, moram em São Paulo. Hospedados na Lagoa da Conceição, escolheram Jurerê Internacional pela tranquilidade do mar e facilidade de acesso. O casal tem boas lembranças do lugar:
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— A gente recorda dos tempos de solteiro, com muita gente bonita dançando e bebendo dentro da água — rememora Saturno.
Elaine Miranda é mãe de Ramón. A família veio de Fortaleza e pela primeira vez desfruta do litoral catarinense. Acostumada com as águas mais quentes do Nordeste, faz uma só observação:
— Aqui é muito lindo, mas a água é um pouco fria, embora as crianças nem liguem — diz Elaine.
Restaurante se adapta ao público e oferece brinquedoteca como atração
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Mas não são apenas crianças filhas de turistas que estão curtindo Jurerê Internacional. As amigas Patrícia Neves e Fernanda Giusti, que moram em Florianópolis, também aproveitam estes dias para levar os filhos Pedro e Manoela.
— Optamos pela praia por causa da balneabilidade. A gente percebe que também os restaurantes estão se adaptando, como o fato de ter lugar até com brinquedoteca. Isso é muito bom para as crianças — observa a advogada Patrícia Neves.
A família de Pedro Henrique e Isabelle vive em Pato Branco, no Paraná. Hospedados em Jurerê Internacional, chegaram dia 10. Conforme eles, são dias de muita diversão, em que procuraram oferecer para as crianças todos os cuidados: praia a partir das 9h, protetor solar, roupas contra a ação do raios UV, água para hidratar.
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— Eles voltam para a casa mortos de cansados — diz Kellen, grávida de gêmeas que chegam em fevereiro.
Que bom! Afinal, amanhã é outro dia. E Benjamim, o menino paulistano que recém descobre as delícias dessa Ilha, vai de novo caminhar em direção ao mar como aquelas tartaruguinhas que acabaram de nascer…
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