No próximo domingo (30), todo o Brasil volta às urnas para decidir as eleições 2022. Além da presidência da República, 12 estados também vão definir os seus respectivos governadores. Em Santa Catarina, 5,4 milhões de eleitores estão previstos para comparecer ao pleito. 

Continua depois da publicidade

Acesse o Guia das Eleições 2022 do NSC Total

Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp

A disputa catarinense ocorre entre Décio Lima (PT) e Jorginho Mello (PL), que está à frente das pesquisas eleitorais. No primeiro turno, o político petista fez 17,4% dos votos, enquanto o ex-senador do Estado registrou 38,6% do eleitorado à seu favor. 

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC), Santa Catarina conta com 3.488 locais de votação. Neles, serão instaladas 16.242 urnas eletrônicas, distribuiídas em todas as seções. Desde o dia 17, o procedimento de preparação para o pleito já teve início no Estado. 

Continua depois da publicidade

O horário de votação é o mesmo do primeiro turno: das 8h às 17h, assim como o local, que se mantém o mesmo do dia 2 de outubro para cada eleitor.

Desde os anos 2000, Santa Catarina teve três eleições definidas em segundo turno. Sendo a de 2022, a quarta. No país, porém, desde a redemocratização, seis precisaram ir para uma segunda votação. Este ano, a eleição representa a sétima. 

A votação dos dois cargos, presidente e governador, é formada por dois dígitos nas urnas. Por esse motivo, os eleitores precisam de atenção na hora de confirmar o voto. A ordem é: primeiro, o voto para governador e depois para presidente.

O que é proibido durante a votação

  • Entrar portando celular ou qualquer equipamento de radiocomunicação que possa comprometer o sigilo do voto. Os mesários podem reter os dispositivos enquanto o eleitor estiver votando, caso isso aconteça.
  • É proibido qualquer tipo de manifestação coletiva, com roupas padronizadas, bandeiras, broches e adesivos, em apoio a um candidato ou partido político.
  • Não é possível fazer publicação de novos conteúdos ou impulsionamento de propagandas digitais na internet, bem como o uso de alto-falantes, a realização de comícios e carreatas, a propaganda de boca de urna e a divulgação de material de campanha.
  • Fica proibido, ainda, que servidores da Justiça Eleitoral, mesários e fiscais partidários usem roupas ou objetos com propaganda de partido político, coligação ou candidato.

Continua depois da publicidade

“Efeito surpresa” na reta final da campanha em Santa Catarina

Nas últimas duas semanas que antecedem o segundo turno, os candidatos apostaram em um efeito surpresa para conquistar votos até o próximo domingo. Manter os encaminhamentos das campanhas sob sigilo, incluindo planejamentos de ações e materiais de veiculação, pode surpreender o oponente, segundo os políticos. A estratégia está sendo utilizada também na corrida presidencial. 

A equipe do líder das pesquisas em Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), foi a que passou mais detalhes sobre os últimos dias de divulgação da campanha. O candidato ainda irá visitar cidades estratégicas para conversar com lideranças e imprensa, além de pedir apoio para a reeleição do atual presidente.

De acordo com a assessoria de Décio Lima (PT), a equipe está optando por não falar de estratégia abertamente. A decisão de manter as informações entre o grupo de trabalho da campanha foi tomada antes do primeiro turno, e está sendo mantida desde então. 

Ambos os candidatos tem focado também em aumentar o número de votos no município com maior eleitorado em Santa Catarina: Joinville, no Norte do Estado. 

Continua depois da publicidade

Na cidade, os políticos participaram em meados de outubro de um painel com entidades empresariais, onde os dois candidatos se comprometeram em atender a alguns pedidos, como fazer melhorias na SC-418, conhecida como Serra Dona Francisca, ou então afirmaram que vão estudar as propostas e atendê-las dentro das possibilidades.

Na quinta-feira (27), a NSC promove o último debate entre os políticos antes da votação a partir das 21h. Na última pesquisa eleitoral, divulgada pelo Ipec no último dia 18, apontou Jorginho Mello com 59% dos votos. 

Corrida presidencial pelo segundo turno

A corrida pelo cargo de presidente da República entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) é considerada uma das mais acirradas dos últimos pleitos. A disputa eleitoral, porém, tem se intensificado ainda mais nas últimas semanas.

De acordo com a última pesquisa Ipec, divulgada na segunda-feira (24), se as eleições acontecessem neste momento, Lula as venceria com 50% dos votos, enquanto Bolsonaro ficaria em segundo lugar com 43%. No primeiro turno, o candidato do PT fez 48,4% dos votos válidos e o atual presidente 43,2%.

Continua depois da publicidade

Desde a finalização da contagem dos votos na primeira etapa das eleições 2022, os presidenciáveis tem recebido apoios de outros partidos e candidatos que participaram da disputa em primeiro pleito. 

Logo na primeira semana pós-votação do primeiro turno, o PDT, de Ciro Gomes, Simone Tebet, Marina Silva e Fernando Henrique Cardoso se manifestaram a favor de Luiz Inácio Lula da Silva. O último apoio veio de José Sarney, eleito presidente do país em 1985, que declarou seu voto ao petista na segunda-feira.

Bolsonaro, no entanto, recebeu até o momento o apoio do ex-presidente Fernando Collor de Mello, Sérgio Moro, eleito Senador do Paraná nestas eleições, Neymar, e diversos cantores sertanejos do país. Entre eles, Gustavo Lima, Leonardo, Zezé Di Camargo, Chitãozinho, da dupla com Xororó, e Fernando, da dupla com Sorocaba.

Apostas de campanha em cidades com menos votos

A corrida eleitoral dos candidatos à presidência da República tem se intensificado também em cidades onde o número de votos para ambos não foi expressivo.

Continua depois da publicidade

Jair Bolsonaro, por exemplo, apostou logo no início da campanha do segundo turno, em uma virada em Minas Gerais, único Estado do Sudeste onde Lula o venceu no primeiro turno, quando garantiu 48,29% dos votos mineiros. O governador do Estado, reeleito em 2022, Romeu Zema, declarou apoio ao atual presidente.

Ainda nas primeiras semanas da campanha, Bolsonaro apostou também em comunicação direta pela televisão com a região Norte e Nordeste do país, onde teve pouca representatividade no primeiro turno.

Luiz Inácio Lula da Silva concentrou sua campanha eleitoral no Sudeste e no Nordeste, nas primeiras semanas, regiões que detém mais de 69% dos eleitores brasileiros. São Paulo foi o principal destino do petista, onde o candidato Fernando Haddad (PT) também concorre no segundo turno ao governo do Estado. Apesar do foco da campanha ter sido nessas regiões, o candidato também disputa o Estado de Minas Gerais com Jair Bolsonaro na busca por maior número de votos.

Na campanha eleitoral pela televisão, Lula ganhou na justiça o direito de resposta após a propaganda de Bolsonaro o associar à criminalidade com conteúdos falsos. A decisão do Tribunal Superior Eleitoral aprovou 24 inserções do petista durante o horário reservado para o atual presidente.

Continua depois da publicidade

Veja a lista de estados que terão segundo turno e seus respectivos candidatos:

  • Santa Catarina: Jorginho Mello (PL) x Décio Lima (PT)
  • Rio Grande do Sul: Onyx Lorenzoni (PL) x Eduardo Leite (PSDB)
  • São Paulo: Tarcísio (Republicanos) x Fernando Haddad (PT)
  • Mato Grosso do Sul: Capitão Contar (PRTB) x Eduardo Riedel (PSDB)
  • Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB) x Manato (PL)
  • Bahia: Jerônimo (PT) x ACM Neto (União Brasil)
  • Paraíba: João Azevêdo (PSB) x Pedro Cunha Lima (PSDB)
  • Pernambuco: Marília Arraes (PSB) x Raquel Lyra (PSDB)
  • Alagoas: Paulo Dantas (MDB) x Rodrigo Cunha (União Brasil)
  • Rondônia: Coronel Marcos Rocha (União Brasil) x Marcos Rogério (PL)
  • Amazonas: Wilson Lima (União Brasil) x Eduardo Braga (MDB)

Leia também

Empresas investigadas em SC impõem voto em Bolsonaro, demissões e até visita a Michelle

Prefeito de Chapecó é investigado por pedir que empresas orientem voto

Cidade de SC tem o quinto bairro mais bolsonarista do Brasil; veja lista