Há 40 anos nascia um dos principais clubes de Santa Catarina, que emociona, faz sofrer, e traz alegrias para milhares de moradores do Oeste e traz alegria para milhares de torcedores. A Associação Chapecoense de Futebol, criada em 10 de maio de 1973, influenciou e influencia a vida de muitas pessoas, entre elas a de Adilson Dalmas, que três dias antes da Chapecoense nasceu, no interior de Caxambu do Sul.
Continua depois da publicidade
– Pra mim é um privilégio fazer aniversário na mesma semana que o clube, que também é uma mãe para a população do Oeste – declara Adilson, que tinha apenas três anos quando a Chapecoense conquista o primeiro título de sua história.
Quanto Adilson tinha apenas três anos, a Chapecoense já conquistava seu primeiro título estadual. O clube deu a oportunidade para ele tentar a carreira de jogador. Aprovado num peneirão no Centro de Treinamento da Água Amarela, ele ingressou nos juniores da Chapecoense em 1991. Lá ficou por três anos. Graças à Chapecoense, conheceu cidades como Florianópolis, Tubarão, Blumenau, Joinville e Criciúma, entre outras.
– Graças à Chapecoense eu sai de um lugar pequeno e conheci vários lugares que nem imaginava – afirmou.
Continua depois da publicidade
Para ele, o clube abriu a possibilidade de conhecer um mundo bem maior. Ele só lamenta não ter continuado no time, pois não houve acerto salarial e acabou indo para o Joaçaba e São Paulo.
Vida pessoal e história do clube se confundem
Foi em Chapecó que Adilson conheceu Berenice, a atual esposa, com quem começo a namorar, em 1992. Pelo rádio, ele acompanhou a Chapecoense conquistar o bicampeonato, em 1996. Em 2004, ele perdeu o pai, vítima de uma parada cardíaca. No ano seguinte, quase viu a Chapecoense fechar as portas. Mas houve uma mobilização dos empresários e poder público para reativar o time que, foi campeão da Copa Santa Catarina.
Em 2007, Adilson estava na arquibancada do Índio Condá quando viu Roni fazer 1 a 0 no Criciúma, na primeira partida da final, que acabou dando o tricampeonato para a Chapecoense.
Continua depois da publicidade
O ano de 2009 foi intenso. A Chapecoense subiu para a Série C e Adilson não pode ver o jogo contra o Araguaia em virtude de um destelhamento na casa de sua mãe. Mas ele esteve presente na vitória por 3 a 1 no primeiro jogo da final do Catarinense – o time acabou ficando com o vice após perder o jogo da volta na Ressacada.
No mesmo ano, teve o filho, Artur Eduardo, que também já usa o uniforme da Chapecoense. Foi então que fez sua carteira de sócio. Viu então o time do Oeste participar da Copa do Brasil, onde enfrentou times como Inter, Brasiliense, Cruzeiro e Atlético-MG.
Em 2010 viu o técnico Vanderlei Luxemburgo ser derrotado por 1 a 0 no comando do Atlético-MG. Também acompanhou a Chapecoense sendo rebaixada em campo e escapando da Segundona com a desistência do Atlético-MG.
Continua depois da publicidade
Em 2011, da arquibancada vibrou com os gols de Aloísio e, na final contra o Criciúma, com a falta cobrada por Neném que Carlinhos Santos mandou contra o gol do Criciúma. Em 2012, acompanhou o acesso para a Série B. Agora, Adilson espera comemorar mais um título. Para ele, a Chapecoense se confunde com sua vida.
– Vou me aposentar junto com a Chapecoense – brincou. Mas até lá, ele deve ter ainda muito o que comemorar.