Nem parecia domingo, dia em que as ruas do Centro de Joinville costumam ficar vazias. A região da praça Nereu Ramos parecia um formigueiro de tanta gente. E tudo indica que a cena vai se repetir nesta segunda-feira, nas últimas sete horas de lojas abertas antes do Natal. Nos shoppings, que abrem em horário diferenciado, os corredores também prometem estar lotados.
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Quem está no meio do empurra-empurra das lojas não tem outra opção a não ser levar o bom humor e a disposição juntos para as compras.
– É o jeito do brasileiro: deixa tudo para a última hora. E admito que sou assim também. Na segunda-feira, ainda vou voltar para finalizar a lista de presentes -, conta o analista de logística Edson de Oliveira, que carregava uma sacola de compras enquanto a esposa segurava a filha caçula no colo.
Perto de Edson, Carlos Torres dos Santos fazia ginástica para atender todos os clientes que paravam na sua vitrine móvel. O irmão, que mora na Paraíba, tem uma fábrica de chinelos e sandálias rasteirinhas e envia mercadoria para revender.
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Ele arrumava os calçados em fileiras simétricas, intercalando cores, na calçada da Rua do Príncipe. Os chinelos com estampa de marcas de cervejas chamavam a atenção e o vendedor não ficava um minuto sequer sem o interesse de algum cliente.
– Antes daqui eu estava nas praias da região. Paro onde tem movimento -, conta.
O agito do Centro foi o que levou Irma e Simone Martins da Cunha, mãe e filha, para as ruas no domingo à tarde.
– Até deixamos os homens da família em casa para passear -, conta Irma.
Simone destaca que os presentes da família já estão garantidos.
– Como a gente anda com calma, até consegue encontrar alguma coisa que vale a pena. Nestes casos, a gente compra -, argumenta a jovem que mora em Maringá (PR) e veio para a cidade passar o Natal.
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A procura de última hora está um tanto atípica neste ano.
– No ano passado, o movimento intenso começou já no início do mês. Desta vez, todo mundo esperou para vir nos últimos cinco dias. Temos certeza de que a loja vai ficar lotada até a hora de fechar nesta segunda-feira -, garante Rosemeri Giese, gerente de uma das lojas de vestuário do Centro.