Qualquer teoria pode cair por terra e o cenário é nebuloso demais para ser festejado, mas a imunidade de Joinville durante a onda de ataques atribuídos ao chamado Primeiro Grupo Catarinense (PGC) no Estado dá margem a interpretações que ajudam a entender como a cidade mais populosa de SC e com o maior número de presos do Estado não entrou no mapa dos atentados.
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Foram registrados 68 casos, incluindo tiros contra prédios da segurança pública e ônibus incendiados, em 17 cidades catarinenses entre os dias 12 e 18 de novembro. A partir de entrevistas e conversas informais com autoridades ligadas à segurança pública e especialistas, “A Notícia” listou dez razões que podem ter pesado para a região permanecer distante do centro dos ataques.
Há consenso que a aproximação do Poder Judiciário no sistema prisional tem facilitado o diálogo com os detentos. E o estreitamento entre as próprias instituições do Estado na cidade, como Judiciário, Polícia Civil e Militar, também serviu de termômetro contra sinais de um possível ataque.
– Houve a preocupação de um diálogo permanente para que houvesse um tom único de conversa -, destaca o juiz João Marcos Buch, da Vara de Execução Penal.
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Essa mobilização, conforme avalia o coronel Cantalício Oliveira, comandante da PM do Norte, repercute bem dentro das celas.
– É relevante o aspecto de que há mais de um ano está sendo realizado um trabalho para proporcionar melhorias na situação prisional de Joinville. Isso passou para a massa carcerária a ideia de que aconteceram coisas para melhor e que pode haver mais avanços -, opina.
A intensificação das rondas, diz Cantalício, também não justifica por si só a inexistência de atentados na região.
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– Pode ter auxiliado, sem dúvida. Mas é um conjunto de somatórias. Foram vários fatores.
PDF: Confira as 10 razões listadas por AN e que podem ter deixado Joinville imune