O titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da PF Gustavo Trevisan acredita que o combate ao tráfico de drogas se dá com investigação. Confira a entrevista. Continua depois da publicidade
Diário Catarinense – O que significa o estouro desse laboratório em Florianópolis?
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Gustavo Trevisan – Mostra que o perfil de atuação das quadrilhas está mudando. Estão deixando de importar da Europa para produzir ecstasy aqui. Florianópolis é a principal referência de distribuição e consumo de droga sintética, incluindo LSD, no Brasil. Agora começa a produzir.
DC – Há indícios de tráfico internacional de drogas em relação a esta quadrilha? A PF vai investigar?
Trevisan – Há indício, mas nada concreto. Um dos integrantes havia chegado há menos de 30 dias da Holanda. Não significa que tenha trazido ecstasy para cá. Pode ter trazido. Ele tinha visto no passaporte. É um indício, não é uma prova. Vamos analisar os elementos e verificar a possibilidade das investigações sobre a quadrilha continuarem. Esta prisão pode levar a novas investigações para apurar a origem da droga. Continua depois da publicidade
DC – O consumo de ecstasy está crescendo em SC?
Trevisan – O que ocorre é um combate maior e a consequência é um aumento no número de apreensões. Nos últimos dois anos, incluindo esta operação da PM, foram apreendidos 230 mil comprimidos de ecstasy com destino a Florianópolis.
DC – Como combater o tráfico de ecstasy?
Trevisan – Investigando grandes distribuidores e tentando evitar que a droga chegue no mercado. Temos operações em andamento.