A torcida está afiada, todas as forças unidas e os pensamentos positivos direcionados para evitar o desfecho negativo. Mas na hora do aperto, toda ajuda é bem-vinda.
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Para tentar garantir o final feliz, torcedores do Metropolitano buscam a ajuda de forças extracampo e prometem sacrifícios em prol da manutenção do clube na elite do futebol profssional de Santa Catarina.
Caminhada pela vitória
Quando refletiu sobre a situação do time, o corretor de seguros João Vitor de Carvalho Voltolini, 23 anos, não pensou duas vezes: prometeu que, se o Metrô não for rebaixado, vai a pé do bairro Victor Konder até o Sesi para retribuir a conquista da permanência na Série A do Catarinense.
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Fanático pelo Verdão desde 2006, não perde um jogo disputado em casa. Sofreu com o time quando o acesso para a Série C do Brasileiro escapou das mãos contra o Juventude, em Caxias (RS), e vibrou na chegada ao quadrangular semifinal do Catarinense em 2014.
Agora, João mentaliza a vitória – mais as outras combinações de resultados necessárias – e se preparara para cumprir a promessa que fez: uma caminhada de cerca de seis quilômetros, que ele pretende cumprir já no próximo jogo do Metropolitano após a final do Estadual.
Ajuda divina
– Esperança é tudo, se o Metrô ficar na elite subo as escadas do Santuário de Madre Paulina de joelhos!
A promessa do representante comercial Roberto Haendchen, 55 anos, foi feita para ninguém menos que a primeira santa brasileira, a Santa Paulina. E subir os 113 degraus da escada que dá acesso ao santuário, localizado em Nova Trento, não é pouca coisa. Para ele, que torce pelo Metropolitano desde a fundação do clube, a situação atual do time é vergonhosa e é, sem dúvida, o pior momento da história do Verdão. Mas ele acredita que não se pode desistir de lutar.
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Antes de cumprir a promessa, o que pretende fazer em maio, antes do início da Série D do Brasileiro, Roberto quer repetir a festa que fez com a torcida em 2014, em Ibirama, quando o Metrô se classificou para o quadrangular semifinal do Catarinense. Mas desta vez será para celebrar a manutenção entre os melhores do futebol barriga-verde.
Longa jornada
O jornalista Sidnei de Souza Batista, 27 anos, prometeu caminhar do Terminal da Velha até o Estádio do Sesi se o Metropolitano conseguir evitar a queda, uma jornada de aproximadamente 12 quilômetros.
Torcedor desde o início das atividades do clube, ele diz que o sentimento pelo Verdão é algo inexplicável:
– É um amor maior que não existe nada igual, uma coisa muito louca, que nem eu mesmo sei descrever. Nasceu na primeira partida oficial e permanece por uma vida inteira.
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Como todo torcedor, já viveu bons e maus momentos acompanhando o clube do coração e considera que a melhor fase do time ocorreu no quase acesso à Série C do Brasileiro, em 2013. E o pior período, para ele, são os dias atuais vividos pelo Verdão, pois considera que o clube é gerido de uma maneira ruim pela diretoria. Mesmo assim, acredita que é possível sair da guerra machucado, mas vivo.