O ministro da cultura do governo interino de Michel Temer, Marcelo Calero, reuniu-se na tarde desta terça-feira, em Brasília, com gestores de sua área de atuação de oito estados brasileiros. A reunião contou com a presença de André Kryszczun, secretario em exercício de cultura no Rio Grande do Sul enquanto Victor Hugo encontra-se em férias.

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De acordo com a assessoria do Ministério da Cultura, Calero falou aos gestores sobre a necessidade “urgente” de modificar a percepção negativa que “pessoas comuns” teriam sobre a cultura: “As pessoas comuns ficaram com uma ideia muito ruim da cultura. Que é coisa de vagabundo, de gente que não tem o que fazer, que não traz benefícios ao País”, afirmou o ministro aos ouvintes.

Outro tema debatido foi o papel da Lei Rouanet. Segundo Calero, o problema da lei criada durante o governo de Collor de Mello em 1991 é que, nela, “apenas o mecenato funciona”, já as outras ferramentas previstas, como o Fundo Nacional da Cultura (FNC) e os Fundos de Investimento Cultural e Artístico (Ficart), “não são operacionais”, o que acabaria contribuindo para que houvessem “distorções”. Calero dirigiu aos gestores que a revisão destes fundos é “uma entre as várias ações previstas” para a reformulação da lei de incentivo à cultura.

O ministro prometeu ainda um pacote “robusto e consistente” de iniciativas a serem postas em prática em estados e municípios brasileiros, incluindo projetos criados por ele enquanto assumiu o cargo de secretário da cultura na capital carioca, como as premiações Ações Locais e Territórios de Cultura e o projeto de inclusão digital Biblioteca do Amanhã.

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