Dois meses após do assassinato de Ana Kemilli, 14 anos, em Campo Belo do Sul, na Serra catarinense, ainda há perguntas sem resposta sobre o caso. Mesmo com a apreensão de um adolescente de 15 anos que declarou envolvimento com o crime, a polícia ainda apura o que motivou a morte. A participação de outras pessoas não foi descartada, mas a polícia ainda não identificou suspeitos. O inquérito não foi concluído.
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Ana desapareceu no dia 8 de fevereiro. Ela foi vista pela última vez por volta das 16h com uma amiga, a caminho de casa. Após a família entrar em contato com a polícia, o 5º Batalhão de Bombeiros Militar, de Lages, na mesma região, iniciou as buscas com auxílio de cães farejadores. A guarnição encontrou uma sandália usada pela garota no dia 10 de fevereiro.
O corpo da menina foi encontrado em uma área de mata no Assentamento 17 de abril três dias mais tarde. Segundo a Polícia Civil, a menina estava amarrada em uma árvore e encoberta pela vegetação.
Ainda de acordo com a polícia, o corpo da menina não tinha sinais aparentes de violência ou violência sexual. Contudo, laudos do Instituto Médico Legal (IML) não foram divulgados.
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A investigação também apontou que a adolescente foi morta no dia em que desapareceu. A causa da morte, segundo a polícia, foi estrangulamento. O vizinho de Ana, que também ficou desaparecido por alguns dias após o crime, se entregou no dia 11 de fevereiro.
O que motivou o crime?
A polícia ainda não divulgou o que teria motivado o crime. Segundo o delegado Tiago Gomez, responsável pelas investigações, os adolescentes não tinham envolvimento amoroso. A família de Ana confirmou a informação em entrevista ao Diário Catarinense em março. Os dois moravam distantes cerca de um quilômetro e que não eram amigos.
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A família de Ana fez um protesto quando o caso completou um mês pedindo justiça. Cerca de 80 familiares e amigos fizeram um ato virtual e uma passeata pelas ruas de Campo Belo do Sul.
Quem são os outros suspeitos?
A participação de outras pessoas no crime não é descartada pela polícia. O motivo da suspeita, contudo, não foi revelado pela polícia. Também não foi divulgado quem seria esse suspeito e qual ligação ele teria com a vítima e com o adolescente apreendido.
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A apuração do ato infracional do adolescente foi concluída pela polícia em fevereiro. Logo após o crime, o jovem foi internado temporariamente pelo prazo de 45 dias, por ato análogo ao crime de homicídio.
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Já em março, a Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público e aplicou a medida socioeducativa de internação ao adolescente. Não foi fixado um prazo máximo para a permanência no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case). A sentença será reavaliada semestralmente.
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