A presidente Dilma Rousseff começou seu discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU falando do “repúdio e indignação” que as recentes revelações sobre espionagem eletrônica dos Estados Unidos provocaram na comunidade mundial e cobrando ações da comunidade internacional para coibir essas práticas. “Sem respeito à soberania, não há base para o relacionamento entre as nações”, afirmou. Continua depois da publicidade – No Brasil, a situação foi ainda mais grave porque aparecemos como alvo dessa intrusão – disse no discurso, nesta terça-feira em Nova York, ressaltando que ela mesma foi alvo de espionagem. Dilma destacou que dados pessoais de cidadão e informações empresarias foram “indiscriminadamente objetivo de intercepção”. Além disso, informações corporativas, muitas vezes de alto valor econômico e estratégico, estiveram na mira da espionagem, frisou a presidente, .
O presidente Barack Obama declarou à Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira que está pronto para testar um difícil caminho diplomático com o novo governo do Irã, apesar das preocupações sobre seu programa nuclear. Continua depois da publicidade
Em meio a intensas especulações de que Obama poderia se encontrar com o presidente iraniano, Hassan Rohani, na Assembleia, o líder americano dedicou grande parte de seu discurso no encontro da ONU para aberturas em direção à nova liderança de Teerã. Rohani deve discursar à Assembleia ainda nesta terça-feira.
Em seu discurso, Obama afirmou que “a busca do Irã por armas nucleares” será uma prioridade da política externa americana e ressaltou que “a desconfiança (entre os dois países) tem raízes profundas”.
Os Estados Unidos romperam as relações diplomáticas com o Irã em 1980, na sequência da Revolução Islâmica. As rivalidades entre os dois países têm aumentado desde então, com os Estados Unidos liderando as sanções ocidentais contra o país diante de suspeitas de que Teerã tenta se dotar de uma bomba nuclear.
Sobre a Síria, Obama insistiu que os Estados Unidos estão prontos para utilizar a força militar para proteger seus “interesses fundamentais” no Oriente Médio. E renovou o pedido para que o Conselho de Segurança da ONU aprove uma resolução “forte” apoiando o plano russo-americano de destruir as armas químicas de Al-Assad.
Continua depois da publicidade
_ Deve haver uma forte resolução do Conselho de Segurança (da ONU) para verificar se o regime de Assad está mantendo seus compromissos, e deve haver consequências se eles não o fizerem _ disse Obama.