Na geração das nossas avós, era normal que os pais opinassem (e torcessem o nariz) quanto à escolha do futuro marido da filha. Advogado ou médico, de boa família, dotes financeiros Uma série de requisitos deveria ser preenchida pelo pretendente que passasse pela sabatina e pelo crivo do pai.

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Mas os tempos são outros e, hoje, está a cargo da própria mulher a escolha do parceiro ideal para amar e compartilhar contas e cuidados com a casa e os filhos. A conquista da autonomia, no entanto, fez com que as próprias mulheres se tornassem tão criteriosas quanto os pais na hora de escolher com quem subir ao altar e dizer sim.

Neste ano, a revista norte-americana Forbes Woman divulgou uma pesquisa que apontou: o amor não segura um relacionamento. A revista estimou que 75% das mulheres nos Estados Unidos jamais se casariam com um homem desempregado. E se a profissão dele não estiver à altura das expectativas dela? Nem pensar. A carreira está sim, mais até do que em gerações passadas, atrelada ao final feliz de uma relação.

No Brasil, não há nenhuma pesquisa que relacione carreira e amor. No entanto, o consultor e especialista em liderança e desenvolvimento de empresas Alexandre Prates observa em seu trabalho que qualquer profissional de destaque cria critérios próprios para definir (mesmo que inconscientemente) com quem vai se relacionar.

– Quando você chega na posição de uma grande empresária, por exemplo, você começa a se relacionar com pessoas do mesmo ambiente e fica cada vez mais seletiva. Por isso, vejo dificuldades de alguém fora desse cenário manter uma relação que dê certo com essa empresária de sucesso – observa.

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Para entender o que se passa na cabeça das mulheres, o portal de notícias norte-americano Your Tango, dedicado a relacionamentos, se inspirou na pesquisa da Forbes Woman e resolveu ranquear quais as melhores e as piores carreiras para se encontrar o “par perfeito.” Advogado e médico, as mesmas profissões exaltadas como partidões pelas nossas avós, foram consideradas as piores carreiras para se manter uma relação, enquanto personal trainers teriam grandes chances de fazer uma mulher feliz (veja abaixo).

Afinal de contas, podemos afirmar que quem vê cara, necessariamente, vê profissão? Independentemente da carreira escolhida pelo parceiro, o consultor Alexandre Prates aconselha: ninguém deveria se amarrar a regras ou preconceitos.

– Não existe profissão boa ou ruim e, sim, a pessoa que quero para mim. O filtro é de cada um e é ele que vai determinar qual é o melhor parceiro ou parceira para viver o tão sonhado felizes para sempre.

As melhores carreiras para cultivar um romance

OFTALMOLOGIA

Bom salário e jornada de trabalho estável

DIRETORES E REITORES DE INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO

Bom salário e tempo livre

PERSONAL TRAINER

Capaz de ganhar muito em poucas horas; nada de estresse

AVIAÇÃO

A maioria é jovem, ganha bem e gosta, claro, de conhecer diversos lugares

As PIORES carreiras para manter um amor

JORNALISMO

Apesar de envolventes, os profissionais dessa área sempre estão ocupados ou viajando. Eles também podem se envolver com fontes e colegas de trabalho

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COMERCIANTE

Apesar de serem os próprios chefes, dedicam-se 24 horas ao trabalho

SAÚDE

Muitas horas de jornada; relacionamento por telefone

CORRETOR DE IMÓVEIS

Jornada de trabalho sem critérios a depender da demanda de clientes

ADVOGADO

A profissão os obriga a serem introvertidos e solitários

Fonte: Portal Your Tango (www.yourtango.com)