Não importa o tipo de atividade, certamente há uma feira destinada ao seu negócio. A programação de eventos no Brasil e no exterior para 2014 é extensa. José Vicente Simões, diretor comercial da Centrustec, empresa de usinagem de Joinville, e o diretor administrativo Paulo Roberto Simões, estão atentos.

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Com presença assídua nas feiras, os dois viram o faturamento da companhia engordar depois que começaram a frequentar os eventos, em 2002, e não pararam mais.

Atualmente, mais de 30% da receita são decorrentes de negócios que começaram nesses espaços. Prospecções feitas na feira de plástico Interplast daquele ano resultaram em clientes fiéis até hoje.

– Já identificamos bons fornecedores e fechamos a compra de equipamentos e de softwares durante os eventos também – conta Vicente.

A empresa expõe em feiras ligadas às indústrias metalmecânica e do plástico, entre elas Intermach, Interplast e Feira de Ferramentaria, Modelagem e Usinagem (FMU).

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Companhias como a Centrustec aprenderam que feira não se escolhe pelo tamanho, mas pela relevância para cada negócio. É o que prega, também, a União Brasileira de Promotores de Feiras (Ubrafe). As opções são muitas, em Joinville, no Brasil e no exterior.

Bom para os expositores e para a cidade que promove o evento.

A estrutura necessária para viabilizar a feira aquece a economia, especialmente a rede hoteleira e os serviços de transporte e de alimentação.

Lá fora, um dos destaques é a secular Canton Fair. Em sua 114ª edição, a feira multissetorial chinesa atrai compradores internacionais de diversos países.

No Brasil, cerca de 200 feiras em pavilhões estão confirmadas em 2014. De acordo com o diretor executivo da Ubrafe, Alfredo Fróes, a Copa do Mundo não freou a realização dos eventos. O número será o mesmo do ano passado.

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Somente aqueles encontros corporativos paralelos, que normalmente acontecem na rede hoteleira durante as feiras, é que recuaram porque as empresas canalizaram seus investimentos para o período do Mundial. O calendário nacional também foi adaptado para não coincidir com a data dos jogos.

Mudança de perfil

Muitos negócios mudaram depois da crise financeira mundial de 2008 e 2009, e o ramo de feiras também se adaptou aos novos tempos. O público que frequenta esses eventos tornou-se mais segmentado e qualificado, analisa o diretor-executivo da União Brasileira de Promotores de Feiras (Ubrafe), Alfredo Fróes.

Os expositores também estão optando por estandes menores, sem perder a qualidade. A tendência é fazer o uso inteligente de cada metro quadrado, para transmitir o conceito da empresa. A Ubrafe identifica uma redução de 10% na área dos estandes desde a crise.

Os grandes desafios globais se refletem nos eventos também. Nos últimos quatro anos, cresce a presença de temas como energias alternativas e sustentabilidade. E Fróes diz que essas áreas ainda podem crescer muito na programação das feiras.

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No Brasil, uma população que estava à margem do consumo conquistou poder de compra e muita gente não quer perder a oportunidade de aproveitar este filão.

– Nos últimos dez anos, o Brasil introduziu 40 milhões de pessoas no consumo. Os investidores internacionais estão de olho neste público e isto se reflete na presença deles nas feiras – afirma o diretor.

Novidades

Para aproveitar ao máximo a metragem do estande e transmitir o conceito do cliente, empresas especializadas na montagem da estrutura estão sempre atrás de novidades. Nos últimos anos, ganha força a utilização de materiais reciclados.

A tendência é percebida pelo Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Estado de São Paulo (Sindiprom).

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Um exemplo são as linhas de tapetes e carpetes, produzidas a partir de fibras de PET.

Na montagem, os expositores também estão usando tecido fino como divisória, no lugar de tábuas. Nele, é possível fazer a impressão da marca e utilizar recursos de iluminação na decoração do ambiente.

O uso de material modulado em alumínio é outra alternativa prática, já que com estes materiais o estande é montado dentro do próprio pavilhão, sem a necessidade de locação de galpão externo.