Nossa República já teve várias denominações desde sua proclamação em 15 de novembro de 1889. Sua trajetória, até os dias de hoje, teve altos e baixos, mas nunca atingiu um estágio tão negativo quanto ao que estamos presenciando. Embora se diga que as instituições estejam funcionando normalmente, o cenário nacional mostra uma situação conturbada.

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No passado, tivemos a República Nova, a do Café com Leite, República da Espada e República Velha. Hoje, lamentavelmente, temos a República da deterioração, diante da balbúrdia que se instalou em todos os níveis. Os raciocínios estão quase nocauteados, porque o vai e vem de informações contraditórias e de providências contra e a favor do presidente da República provoca verdadeira polvorosa. O desfecho do clima que foi criado pelos proprietários da JBS é incerto e altamente prejudicial ao país, ante a paralisação das reformas que poderiam tirar a nação do atoladouro.

Parte do Congresso Nacional quer um tipo de providência, que é contestada pela outra, verificando-se uma guerra de nervos e de opiniões, nem sempre favoráveis aos interesses maiores da sociedade. A população, estarrecida, torce para uma urgente solução desse estado de coisas, pois do contrário terá que, mais uma vez, pagar uma conta que não deve.

Paralelamente a tudo isso, prosseguimos abalados por constantes descobertas de corrupção, com o desvio de montanhas de dinheiro. Enquanto isso, há escolas caindo aos pedaços, gente morrendo em corredores de hospitais e uma segurança pública que não consegue deter a escalada da violência, mormente nas metrópoles. Mas, pelo menos, gente que se julgava acima da lei e até do bem e do mal foi parar atrás das grades, num feito inédito da Justiça que, aos poucos, está confirmando que é cega, ou seja, não faz distinção entre pobres e ricos, brancos e negros, nem tampouco de crença religiosa.

Que o brasileiro não desista de lutar pela causa da pátria e, por consequência, de si próprio. No fundo do túnel ainda brilha a luz, como que iluminando nossos passos em direção à vitória.

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*Natal Marchi é aposentado e vive em Rio do Sul

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