Responsável pela fiscalização das empresas de leite no Estado, a Superintendência Federal no Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul trabalha com a identificação da suposta adição de ureia em alguns lotes de alimentos desde o início do ano. Conforme a chefe da Divisão de Defesa Agropecuária do órgão, Ana Lúcia Stepan, postos de leite com histórico de fraude estão sendo interditados.
Continua depois da publicidade
Veja mais:
> Saiba quais são as marcas e os lotes supostamente adulterados
> “As empresas são vítimas desse processo”, alega diretor do Sindilat
– A fiscalização é feita de forma periódica nas indústrias, mas o autocontrole é de responsabilidade das empresas. Nós vistoriamos a partir disso. As empresas podem ter falhado em relação ao controle de qualidade – explicou ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Continua depois da publicidade
Segundo Ana Lúcia, durante a investigação foi identificada a presença de formol (formaldeído) em leite cru em postos de resfriamento. No Estado, existem tecnologia e laboratórios para diagnosticar de forma rápida o formol no leite, de acordo com ela.
– Produtores foram utilizados como laranjas. Quando identificamos o formaldeído em leite UHT (de caixinha), fizemos vistoria em todas as empresas. Recomendamos que as indústrias intensificassem o autocontrole no mês passado e já recebemos os resultados – diz Ana Lúcia, assegurando ainda que as demais marcas podem ser consumidas com total segurança.
Como o Ministério da Agricultura não tem o poder de controlar os transportadores de leite, conforme Ana Lúcia, foi assinado um termo de cooperação com o Ministério Público em 2008 para combater fraudes no produto. A Operação Leite Compen$ado foi realizada em conjunto entre os órgãos.