Em 4 de maio de 1994,Florianópolis parou para ver o último amistoso da Seleção Brasileira de futebol antes de embarcar para os Estados Unidos, de onde voltaria tetracampeã mundial. No banco de reservas do Estádio da Ressacada, o atacante Sávio, 19 anos, ainda vivia a esperança de entrar no jogo e conquistar uma vaga entre os convocados para a Copa do Mundo. Foram inesquecíveis sete minutos no gramado e o início de uma relação com a cidade.

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Sávio ainda voltaria três vezes a Florianópolis, jogando pelo Flamengo, até acertar com o Avaí, em janeiro de 2010. Depois de 11 anos jogando na Europa, cinco deles no poderoso Real Madrid, ele viu na bonita cidade uma chance de espichar um pouco mais a carreira de jogador de futebol.

Hoje, aos 38 anos, não só continuou morando na cidade, com a mulher e os três filhos, como passou a levar uma vida para manezinho nenhum colocar defeito. Basta olhar a lista de programas preferidos do ex-atacante: caminhar duas ou três vezes por semana na Avenida Beira-Mar, onde fica o apartamento dele; caminhar até o Mercado Público e comer um pastel; passar um dia de sol na Praia Brava, no Norte da Ilha; procurar restaurantes, especialmente, em Santo Antônio de Lisboa, “um bairrozinho lindo”. Sávio até trocou os pés pelas mãos. Na cidade de Gustavo Kuerten, tem jogado muito mais tênis do que o velho futebol.

Capixaba de nascimento, apaixonado pela Europa, Sávio não sabe se a mudança para Florianópolis é definitiva. Mas não tem pressa em saber.

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