Arte NSC
(Foto: Arte NSC)

Quando falamos de startups, não podemos deixar de comentar a questão das copycats, startups que copiam ou adaptam modelos de negócios que já foram validados em outros locais, como Estados Unidos e Europa, e aplicam em outros mercados onde aquela solução ainda não existe. Alguns reclamam de que essa estratégia não traz inovação, mas acredito que a cópia literal não existe, e que não é possível apenas copiar sem inovar.

Continua depois da publicidade

​Tech SC: fique por dentro do universo da tecnologia em Santa Catarina​​​​​​​​​

Quando um modelo é replicado em outra realidade existem aspectos fundamentais que não podem ser deixados de lado porque se não o modelo não funciona. A regionalização é um desses aspectos, é necessário considerar condições culturais, ambientais e da população. Por exemplo, não faz sentido aplicar uma solução de transporte alternativo de carros em uma localidade em que as pessoas utilizam mais as bicicletas.

Enfrentar um mercado novo tem suas vantagens, mas existem muitos desafios também. Por um lado não existem concorrentes, mas por outro não há outros empreendedores para discutir quais soluções seriam aceitas e o melhor aplicadas em determinada realidade. O modelo da Uber, por exemplo, extrapolou as fronteiras da proposta inicial do aplicativo, e foi replicado em outros setores.

Um modelo de negócios para ser bem executado precisa fazer sentido, precisa ser testado e validado, e acima de tudo ser bem executado. Se inspirar em soluções internacionais não é errado no meu ver, mas é preciso conhecer nossa própria realidade, entender em que pé estão nossas soluções e quais são as nossas dores. Para então criar ou adaptar um solução que faça sentido no nosso contexto.

Continua depois da publicidade

* Alexandre Souza é gestor do Startup SC, do Sebrae SC

Confira outros artigos do autor