Uma folha de pagamento inicial de apenas R$ 40 mil mensais, oito derrotas consecutivas com o técnico Paulo Turra, time fraco e sem ambição, divergências na direção que culminaram com a desistência de um dos três presidentes (Vilson Barcelos), baixo investimento dos patrocinadores, falta de planejamento e apoio da torcida. São tantos os motivos para o rebaixamento do Esportivo à Segunda Divisão do futebol gaúcho que fica difícil achar os culpados.
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Mas, de todos eles, o difícil mesmo é entender por que a comunidade abandonou o clube nos últimos anos.
– Não adianta achar culpados. A culpa é de toda a comunidade. Temos de trabalhar agora para puxar o Esportivo de volta para a Primeira Divisão – discursa o prefeito Roberto Lunelli (PT).
Uma cidade que acolhe tão bem a dupla Gre-Nal a cada pré-temporada na Serra, lotando locais de treinos fora da área central, não apoiou o seu único representante no Gauchão. No fatídico jogo de domingo, contra o Novo Hamburgo, apenas 342 fiéis torcedores compareceram ao Estádio Parque Esportivo Montanha dos Vinhedos para tentar ajudar o time a fugir da degola.
A vitória de 2 a 1 não foi suficiente porque era preciso um empate na Capital, entre Porto Alegre e Avenida, o que não ocorreu. A partir daí, uma série de desculpas e constrangimentos.
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