Se existe uma unanimidade em Balneário Camboriú é a opinião de seus moradores a respeito de suas calçadas. Que o digam os carrinhos de bebê, cadeirantes, idosos e deficientes físicos, mas não só eles. O problema são os alinhamentos antigos, alegam alguns.

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E o que dizer dos novos edifícios, cuja inclinação das rampas de garagem prolonga-se por toda a calçada? Um prédio novíssimo na 3.100, por exemplo, teve sua rampa projetada por alguém que certamente nunca estudou trigonometria, avançando na calçada com uma inclinação de quase 45º.

Na 3.550, uma pousada apropriou-se descaradamente do passeio com um deck de madeira de meio metro de altura, mas não é a única. E quase todos os terrenos baldios cercados para futuros empreendimentos reservam apenas meio metro de mato aos infelizes transeuntes, interrompidos pelos postes da Celesc.

E quando surgem os tapumes, expulsam o pedestre, como na esquina da 3.610 com 3ª Avenida e em duas obras na 2.970. Em plena Avenida Brasil, conhecida construtora aproveitou e alinhou pela lixeira irregular do vizinho da 2.950, dois metros de avanço.

As centrais de gás e lixeiras parecem, por sinal, não integrar o projeto e, concluída a obra, a calçada lhes serve de amparo, empurrando o cidadão definitivamente para o meio-fio.

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Na Avenida Brasil, uma antiga servidão pública virou estacionamento de uma grande loja, mas essa é outra história e o espaço é curto. Solução? Fiscalização efetiva por parte da municipalidade, com base no código de posturas. Cada morador pode montar o seu book com fotos dessas preciosidades urbanísticas, como acabei fazendo.