A semana do presidente Michel Temer ainda não acabou, mas já acumula uma série de declarações polêmicas. A primeira incursão do presidente na oratória começou na quarta-feira, 8 de março, durante o discurso que tinha como objetivo homenagear as mulheres no dia dedicado a elas.

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— Tenho absoluta convicção, até por formação familiar, por estar ao lado da Marcela (Temer), do quanto a mulher faz pela casa, do quanto faz pelo lar, do quanto faz pelos filhos. Se a sociedade, de alguma maneira, vai bem, e os filhos crescem, é porque tiveram uma adequada formação em suas casas, e seguramente isto quem faz não é o homem, mas a mulher — ressaltou.

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Nas redes sociais, principalmente, a fala foi avaliada como machista, misógina e arcaica. Isso porque o presidente exaltou como “qualidades” das mulheres o fato de elas realizarem os trabalhos domésticos e a criação dos filhos. Temer afirmou que as mulheres têm uma “grande participação” na economia porque ninguém é mais capaz do que elas para “indicar os desajustes de preço no supermercado”.

— Com a queda da inflação e dos juros, com o superávit recorde da balança comercial, com o crescimento do investimento externo, isso significa emprego, e significa também que a mulher, além de cuidar dos afazeres domésticos, terá um campo cada vez mais largo de emprego — disse.

Na quinta-feira, durante a cerimônia que oficializou Blumenau como a Capital Nacional da Cerveja, o presidente fez uma ode ao aspecto “agregador”da bebida alcoólica:

— A cerveja, aliás, é um fenômeno de agregação e de congregação. Você nunca vê uma alguém tomando cerveja sozinho. Você vê alguém no bar em uma mesa com quatro ou cinco pessoas tomando cerveja e conversando animadamente. Esse é o ânimo que preside a cidade de Blumenau.

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Já nesta sexta-feira, o presidente usou Estados brasileiros como exemplos negativos. Referindo-se à reforma da Previdência durante entrevista à Radio CBN, Temer disse que o governo faz o necessário para que o Brasil não acabe como “a história do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais”, que decretaram calamidade financeira.

— O governo manda aquilo que acha necessário para que o Brasil não se transforme, vou citar aqui com toda a liberdade porque já está “publicizado”, a história do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, Estados que estão passando por grandes dificuldades em função do fenômeno previdenciário — declarou o peemedebista. — O Brasil não pode daqui a quatro ou cinco anos transformar-se na figura como está acontecendo com os Estados.

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*Com informações do Estadão e da Agência Brasil