As boas causas coletivas

O principal assunto da capa do Diário Catarinense de domingo passado foi a histórica reivindicação da obra de duplicação da BR-470, rodovia que já foi cenário cruel de mais de 1,1 mil mortes nos últimos 10 anos e que, ao mesmo tempo, inspirou promessas e mais promessas governamentais, vindas de todas as esferas. A visibilidade que o jornal deu ao assunto, resultado de um apurado trabalho de reportagem do coirmão Jornal de Santa Catarina, de Blumenau, é exemplo de uma das funções mais relevantes da nossa atividade: abraçar causas de interesse coletivo, que façam a diferença na comunidade e que, principalmente, ajudem de alguma forma a eliminar entraves.

Na edição de segunda-feira, por exemplo, o DC publicou também um editorial com sua posição institucional em defesa de uma 470 mais segura para os milhares de motoristas que transitam diariamente pelo Vale do Itajaí.

É esse espírito que move nossas equipes em temas desse porte e que tratam de questões tão sensíveis e delicadas para tantas famílias, além dos enormes desdobramentos econômicos causados por estradas totalmente sucateadas. “Os veículos da RBS têm compromisso com o debate e a difusão das questões que impactam a vida de seus públicos”, prevê o Guia de Ética e Autorregulamentação Jornalística da RBS e, sintonizados com essa premissa de trabalhar em parceria com a população, é que pleitos e anseios da população viram automaticamente nossos grandes temas e bandeiras. E isso faz parte da nossa missão, pautada pela informação e pela responsabilidade social. Quem não se lembra da mobilização capitaneada pelos veículos da RBS nos anos 1990 pela duplicação da BR-101 e que serviu de pressão importante para que as obras efetivamente começassem a sair do papel?

A situação das rodovias interditadas depois das fortes chuvas que atingiram a região Oeste no início de julho – e o impacto para milhares de famílias e para a atividade econômica do Estado -, foi destaque da edição de segunda-feira. A reportagem especial mostrou os prejuízos da interrupção do tráfego para a logística dos produtores locais e o editorial publicado na terça-feira reforçou a importância do tema e a necessidade de atenção de poder público e sociedade civil para uma solução definitiva – e não medidas paliativas.

É nessa toada que vamos continuar caminhando e pautando os nossos assuntos, para a edição impressa e para a versão digital. Alguma sugestão para as edições da semana que vem?