Quantas piadas é possível acumular em 51 anos fazendo os outros rirem? No caso de Ary Toledo, 75 anos, este número chega a 60 mil arquivadas no computador e 600 na memória dele. Isso sem contar aquelas criadas a cada dia, a partir de fatos da rotina que o comediante escuta, assiste ou vivencia.

Continua depois da publicidade

Neste sábado, Ary estará em Joinville para dividir um pouco dessa vontade de dar gargalhadas com o público que vai assisti-lo no Teatro Juarez Machado. Ele é o centro do espetáculo “Ary Toledo – 5.0”, feito especialmente para comemorar o marco na carreira de humorista, comemorado no ano passado. O show de Ary não tem limites: ele faz piada de todos os assuntos, que vão da sogra e do português aos políticos e ao Brasil.

– Eu falo de tudo, não tem como contar quantos assuntos são. O show é muito diversificado – avalia o artista.

Além de contar anedotas, ele canta e faz mímica, tudo montado de forma inédita para o espetáculo de aniversário – cheio de efeitos especiais, como Ary avisa.

Continua depois da publicidade

Tudo o que o público vai assistir no show é inédito, preparado apenas para esta turnê especial de aniversário. As piadas, é claro, não são todas exclusivas: boa parte delas são histórias que Ary registrou e reconta no palco. Isso não quer dizer que a graça é repetida. Afinal, fazer gracejos é inerente a ele.

– Eu vou te dizer: sempre estive ligado ao humor. Não foi por vaidade ou por querer ser conhecido que eu virei comediante, é uma necessidade de extravasar – conta Ary.

Se o espetáculo comemora os 50 anos de profissão dedicados à comédia, da vida de Ary ela faz parte há muito mais tempo. Faltava só dar nome ao que ele fazia desde a infância, e que podia colocá-lo em encrencas ou salvá-lo delas.

Continua depois da publicidade

– Eu via as pessoas rindo do que eu falava e me sentia muito bem, mas não entendia que estava fazendo humor – recorda.

A profissionalização veio com o Teatro de Arena, de São Paulo, para onde o paulista de Martinópolis se mudou na juventude para tornar-se ator. Durante 15 dias, trabalhou como faxineiro do grupo teatral para que o diretor e dramaturgo Augusto Boal prestasse atenção nele e o deixasse entrar na companhia.

– Não existe faculdade de humor, minha formação foi ali no Teatro de Arena com o Boal, o Milton Gonçalves, o Gianfrancesco Guarnieri… Aprendi muito com eles – conta Ary.

Continua depois da publicidade

Se hoje ele faz comédia com os assuntos mais polêmicos e a patrulha do politicamente correto nunca bateu na porta do teatro para reclamar, é porque o humorista não precisou passar dos limites para fazer graça.

– Se você tem uma estrada asfaltada para seguir, pra que pegar o atalho cheio de buracos? Para ser diferente? Acho até bom quando esses jovens fazem isso, porque aí o público vem me assistir. Eu faço humor direto, mas sem ferir a sensibilidade e a moral das pessoas – avisa.

AGENDE-SE

O QUÊ: Show “Ary Toledo – 5.0”.

QUANDO: hoje, às 20h30.

ONDE: Teatro Juarez Machado, anexo ao Centreventos Cau Hansen, na avenida José Vieira, 315.

QUANTO: Entradas a R$ 50. Com a doação de um brinquedo (que deve ser entregue no dia da apresentação) a entrada fica R$ 40. Meia-entrada a R$ 25 (para estudantes e idosos acima de 65 anos) e R$ 35 para Assinantes do Clube RBS. À venda na choperia Biergarten e no site www.ticketcenter.com.br (sujeito a taxas de conveniência).

Continua depois da publicidade