Dois anos e meio depois de sofrer restrições às operações por parte da Agência Nacional de Avião Civil (Anac), o Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola, de Joinville está às voltas com o mesmo problema: as árvores no entorno do terminal.

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Desta vez, existe a possibilidade de haver um novo encurtamento da pista, caso a vegetação, que se estende por cerca de 70 metros, não seja cortada até o final de abril, quando deve acontecer uma nova vistoria da Anac.

A ação é de responsabilidade da Prefeitura, mas só pode ser realizada mediante a emissão de uma “autorização de corte”, liberada pela Fatma. Em reunião em 11 de novembro, o órgão ambiental do Estado informou à procuradoria do município que só vai conceder a licença caso haja a concordância dos proprietários dos terrenos laterais do aeroporto, em respeito ao artigo 5º da Constituição, que dá garantias ao direito à propriedade.

Sem a concordância dos moradores, o secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Rodrigo Thomazi, diz que a solução foi procurar a Justiça. O pedido de decisão provisória (liminar) deve tramitar no Fórum da Capital.

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– Estamos de mãos atadas. A Fatma não pode liberar porque quer autorização dos proprietários, e os donos não nos autorizam. Estamos correndo um risco muito grande de, na próxima vistoria, a Anac impor restrições que afetam imediatamente o volume de pousos e decolagens. Não podemos ficar aqui apenas esperando que isso aconteça de novo -, afirma.

O superintendente do aeroporto, Rones Heidemann, explica que o corte é fundamental para haja mais segurança para pilotos e passageiros. Segundo ele, as árvores são obstáculos devido à altura em que se encontram e também por serem o abrigo natural de pássaros. Ele lembra que há dois anos o Aeroporto de Joinville possui o maior índice no Brasil de colisão de aeronaves com aves.

Rones teme também que o atraso no corte das árvores possa influenciar na homologação do processo de homologação do ILS, sistema que facilita os pousos no aeroporto, previsto para ser instalado até o final do ano.

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– As árvores estão fora do dos nossos limites, mas causam efeitos diretos no cotidiano do aeroporto.

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