Uma espécie de árvore bem conhecida dos joinvilenses, o jambolão (Syzygium cumini), está morrendo. Desde o fim do ano passado, exemplares espalhados pela região rural de Joinville e mesmo no meio urbano estão secando e deixando de brotar sem que haja uma explicação científica para o fenômeno.
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A imagem das árvores – geralmente de grande porte – secas tem chamado a atenção da população e mobilizou uma equipe da Fundação 25 de Julho.
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Segundo o engenheiro agrônomo German Ayala, que atua e conhece a região há mais de três décadas, esse fenômeno nunca havia sido registrado no Norte do Estado. De acordo com ele, desde o ano passado alguns agricultores começaram a manifestar um certo desconforto com a maneira como os jambolões estavam morrendo.
Embora não tenha qualquer valor econômico na região, os jambolões são muito comuns. Além do uso ornamental – são árvores imponentes e dão um toque bucólico aos campos – também servem para fazer sombra para o gado.
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– Decidimos colher algumas amostras e mandar para um laboratório para fazer uma análise mais aprofundada do que está acontecendo. Pode ser um problema fitossanitário – diz o agrônomo.
Algumas hipóteses já foram levantadas, como o ataque de algum inseto ou uma praga noturna ou microscópica -, mas só uma análise mais profunda poderá dizer o que está acontecendo. Por enquanto, nenhuma praga visível foi detectada, nem nas folhas, nem no restante das plantas mortas.
O jambolão tem muitos nomes no Brasil. Também pode ser conhecido como jamelão, jambeiro, baga-de-freira e guapê (esse, no Paraná). É uma árvore que veio da Índia e uma das curiosidades é que ela já deu muita dor de cabeça aos donos de carros que buscaram sua sombra para estacionar o veículo. É que o fruto tem um pigmento que mancha a pintura.