A prefeitura de Tubarão, no Sul do Estado, começou o projeto de remoção das 170 árvores em situação de risco às margens do Rio Tubarão. A operação, que deve durar quatro meses, custará R$ 290 mil aos cofres públicos, e parte da madeira extraída será reaproveitada em melhorias em pontes das localidades do interior.
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A necessidade do trabalho foi constatada a partir de março de 2007, quando um vendaval provocou a queda de pelo menos 50 árvores de grande porte próximas ao rio. Na época, a prefeitura realizou um levantamento técnico com engenheiros agrônomos, que sugeriram a remoção de parte da vegetação como medida de segurança para pedestres, veículos e imóveis.
A maioria das 170 árvores selecionadas para o corte são eucaliptos. De acordo com o secretário municipal de Serviços Públicos, Fabiano Bitencourt, poucas árvores poderiam ser transformadas em madeira para construção de casas populares.
– Nem todas podem ser cortadas inteiras, mas mesmo assim pretendemos aproveitar todo o material para melhorar as estruturas de pontes de localidades do interior e construir parquinhos para crianças em algumas comunidades – afirma o secretário.
A empresa que venceu a licitação para execução do projeto pretende cortar a última árvore em 120 dias. Apesar da necessidade da remoção, os custos da operação são alvo de questionamentos de alguns vereadores da oposição.
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– Se dividirmos o valor total do projeto pela quantidade de árvores chegaremos ao custo de R$ 1,7 mil por árvore cortada, e isso é um absurdo. Solicitei junto à prefeitura uma cópia da licitação e do projeto e, se as respostas não forem satisfatórias, vou denunciar essa situação no Ministério Público – diz o vereador Evandro de Almeida (PMDB).
O secretário Fabiano Bitencourt informou que esse cálculo unitário não pode ser considerado por conta da complexidade de todo o projeto.
– O corte de uma árvore atendendo a todas as questões ambientais e técnicas envolve equipamentos especiais, máquinas, caminhões e vários funcionários – explica Bitencourt.