Os gêmeos Eduardo e Alexandre Feitosa já são muito conhecidos em Joinville por conta das obras que realizam na cidade, a partir da arte do grafite. Desta vez, o processo produtivo da dupla teve uma interferência fora do habitual, com recurso de Inteligência Artificial (IA). A empresa que contratou os irmãos fez uso da tecnologia para base de confecção da arte, inaugurada em formato de mural neste mês de julho.
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Conforme Eduardo Feitosa, essa foi a primeira vez que utilizaram desse recurso para elaborar suas obras. Os artistas foram contratados para fazer uma arte que representasse a empresa que vende equipamentos de combate a incêndio industrial.
— Foi algo bem diferente do que a gente já fez. Utilizamos esse recurso junto à empresa. Foram nos passado um briefing do que eles queriam e tinha que ser seguido na linha de trabalho deles. Eles não queriam algo muito artístico, era mais específico para a empresa, uma arte que os representasse. Nos passaram a imagem praticamente pronta e montamos no mural onde queriam que ficasse — explica Eduardo.
Para dar a origem à imagem, a empresa fez uso de comando junto à ferramenta de IA. “Imagem realista de um bombeiro de corpo inteiro, em pé. Uma tela tecnológica e moderna de raio-x está na frente na frente apenas do seu tórax revelando seu interior onde uma bomba hidráulica vermelha está no lugar do coração“, diz parte da mensagem utilizada no prompt.
Veja fotos da obra dos irmãos Feitosa:
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— Foi algo bem diferente do que a gente já fez. Utilizamos esse recurso junto à empresa. Foram nos passado um briefing do que eles queriam e tinha que ser seguido na linha de trabalho deles. Eles não queriam algo muito artístico, era mais específico para a empresa, uma arte que os representasse. Nos passaram a imagem praticamente pronta e montamos no mural onde queriam que ficasse — explica Eduardo.
Segundo o artista, essa ferramenta pode ser utilizada para ajudar o artista a ter referências, mas é importante manter sua própria essência, que é a marca registrada dos artistas.
— A arte tem que passar o que o artista sente, passar a experiência de quem está produzindo. Mas se uma ferramenta vem para agregar e ajudar, a gente pode estar utilizando como referência. A ferramenta nos deu um norte porque eles queriam algo mais específico para a indústria, então isso nos ajudou — conta Eduardo.
O primeiro trabalho realizado pelos irmãos foi no campo do América, no encontro de ruas do Festival de Dança de 2013. Além dos grafites espalhados por Joinville, os gêmeos fazem caricaturas, ilustrações e quadrinhos, com objetivo de tornar o mundo ainda mais colorido.
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