Um abaixo-assinado para salvar o ateliê onde Picasso pintou Guernica foi lançado nesta segunda-feira na forma de uma carta aberta à prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e ao primeiro-ministro francês, Manuel Valls, ambos de origem espanhola.

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>> Incerteza sobre futuro de ateliê onde Picasso pintou “Guernica”

A atriz Charlotte Rampling, o cantor Bernard Lavillier, o fotógrafo Lucien Clergue, o cineasta Jean-Pierre Mocky e o violinista Didier Lockwood são algumas das personalidades signatárias dessa carta aberta, lançada pelo jornal digital Opinion Internacional.

Na carta, os signatários pedem a Anne Hidalgo e a Valls “a classificação urgente” do Grenier de Grands-Augustins, como é conhecido o ateliê situado nessa rua de Paris, “como lugar de memória”.

“Ambos nasceram na Espanha e escolheram viver na França e em Paris. Também foi em Paris que Picasso pintou a tela mais importante do século XX, a Guernica, no ateliê (…) no qual viveu de 1937 a 1955. À sua maneira, vocês são herdeiros singulares do Guernica, e seus destinos seguem os passos de Picasso”, destaca a carta aberta.

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Localizado no Quartier Latin, o sótão está fechado ao público desde novembro de 2013, após a expulsão do Comitê Nacional para a Educação Artística, a pedido da Câmara de Oficiais de Justiça de Paris, proprietários do edifício.

Segundo o Opinion International, o imóvel poderia ser transformado em um hotel de luxo, mas “um dos herdeiros do pintor estava disposto a financiar, integralmente, uma Fundação que mantivesse a vocação patrimonial do edifício”.

A comissão regional do patrimônio se reúne em 13 de maio para decidir sobre uma eventual extensão da proteção do edifício, informa o jornal.