Pelas mãos do ator Willian Sieverdt, os bonecos ganham vida e já subiram em palcos de todas as capitais brasileiras e de mais de 15 países. Aos 42 anos, o ator comemora o reconhecimento de sua companhia teatral, com 25 anos de história e a única com teatro de bonecos do Alto Vale do Itajaí. Fala com orgulho da cidade natal, Rio do Sul, e sonha com o futuro:

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– É uma alegria poder levar o que Rio do Sul tem de bom. É uma cidade diferenciada pelo seu povo. Tenho muito claro que é aqui que quero passar o resto da minha vida – afirma.

O ator se dedica ao teatro, principalmente de animação, há quase três décadas. Porém em 2013 resolveu assumir um novo desafio, o cargo de superintendente da Fundação Cultural de Rio do Sul, que conta com 2 mil alunos matriculados em 36 cursos. Ele enfatiza que, proporcionalmente, Rio do Sul é a cidade de SC que tem mais atrações culturais.

Com entusiasmo ele recebeu a equipe do Viver SC, projeto do Diário Catarinense, e apresentou locais que em sua visão evidenciam um pouco do que é viver na cidade. Confira:

Cidade cultural

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Para uma cidade de pouco mais de 60 mil habitantes, os números e o tamanho da Fundação Cultural de Rio do Sul surpreendem. São 2 mil alunos matriculados em 36 cursos em uma das maiores estruturas de cultura de Santa Catarina.

O prédio, que por anos abrigou as antigas indústrias Gerais Ouro, passou a sediar a fundação em 1992 e hoje tem salas de dança, pintura, museu de arte e biblioteca. E não é só neste espaço que a cultura acontece no município, há estações culturais e outros ambientes que reforçam a veia artística do rio-sulense. Prova disso, é que a cidade tem mais de 30 bandas de rock autoral.

Parque peculiar

– Em Rio do Sul as pessoas se arrumam e vão assistir espetáculo embaixo da ponte – brinca William Sieverdt, que se refere ao Espaço Cultural Moysés Boni, um teatro que fica embaixo de uma das pontes mais movimentadas de Rio do Sul, a Curt Hering. O espaço com lugar para 150 pessoas impressiona equipes que vêm de fora por sua peculiaridade.

– É a demonstração de como a cultura pode transformar um espaço físico que normalmente é pichado – diz.

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A companhia de teatro de Willian é responsável pela programação do local, que também é usado nos ensaios do grupo. Ele está dentro do Parque Universitário Norberto Frahm, da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí (Unidavi). Lá, é possível ver o encontro dos rios Itajaí do Sul e do Oeste, que formam o Itajaí-Açu. Além disso, há o Museu da Madeira e o Horto Florestal Universitário.

Espaço para contemplação

Quando era criança, Sieverdt morava no início do Pico da Bandeira, morro de 675 metros de altura próximo ao centro de Rio do Sul. Em qualquer intervalo, aproveitava para subir correndo até o pico para apreciar o pôr do sol ou alguns momentos de silêncio.

Na época, também tinha um gramado no topo e chegou a acampar no local. Atualmente, apesar do acesso um pouco mais difícil, com curvas acentuadas, e de abrigar inúmeras antenas de transmissão, o morro ainda propicia uma vista privilegiada da cidade. O vale fica escancarado e é possível ver o cinturão verde que o cerca, que inclui sete cachoeiras, requisitadas, principalmente no verão.

Catedral de Rio do Sul

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A catedral São João Batista começou a ser erguida no lugar da antiga igreja matriz em 1950. Depois de sete anos de construção, foi concluída e hoje é um importante cartão-postal do centro de Rio do Sul. São João Batista é o padroeiro da igreja pela devoção do fundador da cidade, Basílio Corrêa de Negredo, ao santo. Em 2011 ele também tornou-se o padroeiro da cidade. Tamanha fé é comemorada há quase 110 anos na festa popular de São João, que acontece no pátio da igreja e atrai visitantes de toda a região.

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– Atualmente, ela é um dos símbolos arquitetônicos do Alto Vale do Itajaí. E quem plantou essa semente foi o primeiro morador de Rio do Sul, o balseiro Basílio Corrêa de Negredo – explica o ator.