A artista transexual Pikineia, de Brasília, foi alvo de um ataque transfóbico enquanto visitava Balneário Camboriú. Ela posava para uma foto em frente à roda-gigante que virou cartão postal da cidade quando um homem se aproximou e a chamou de “viadinho”. Incomodado com a situação, um dos amigos dela, que é gay, partiu para cima do sujeito.
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Vídeos do episódio foram publicados pelo Metrópoles, parceiro do Santa e do NSC Total.
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De acordo com o portal, a drag estava no Litoral Norte de Santa Catarina celebrando o aniversário com um grupo de amigos LGBTQIA+ da Capital Federal. O ataque ocorreu na segunda-feira (11), véspera de feriado. Como é possível observar nas imagens, Pikineia está se preparando para ser fotografada quando surge uma voz ao fundo que diz: “Sai da frente, viadinho”.
— Na hora que tirei a foto, a gente ouviu um homem gritando para sair da frente e falou: “Senão vou te dar um chute na bunda que vai parar na lua” — conta.
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A imagem foi feita utilizando um recurso que grava segundos antes e depois do momento em que o clique é feito, inclusive o áudio. Desta forma, foi possível captar o momento dos insultos criminosos.
Pikineia diz ter ficado sem reação, pois nunca havia passado por algo parecido.
— Fiquei parada e observando o homem. Ele saiu pela passarela onde estávamos e foi xingando todo mundo. Homem, mulher, qualquer um que aparecesse — relembra.
De acordo com a apuração do Metrópoles, o agressor voltou a ter como alvo o grupo de amigos de Pikineia. Sem suportar mais a situação, o influenciador digital Gabriel Nunes, 25 anos, que é gay, partiu para cima do sujeito transfóbico, como mostra outro vídeo (veja abaixo).
— Eu fui até ele, tirei satisfação e, mesmo assim, ele continuou xingando de viadinho —explica.
Mesmo sendo derrubado, o homem se levantou e continuou xingando. Após ficar com medo da reação de Gabriel, foi embora e, segundo Pikineia e Gabriel, ainda tentou acertar um homem com Síndrome de Down que tirava fotos. Após o susto, a artista preferiu voltar imediatamente para o hotel.
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— A viagem acabou ali. Não quis sair mais, com medo de acontecer algo de novo. Foi horrível — desabafa.
Gabriel também conta o sentimento de ter passado por tal situação.
— Nunca briguei na minha vida por nada, nunca sofri homofobia. Chorei horrores, mas sempre vou lutar contra a homofobia — diz.
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