Depois de 25 anos longe do lugar onde morou na adolescência, um homem retorna a uma praia cheia de casas e apartamentos, onde milhares de pessoas têm que dividir cada pedacinho da areia e do mar. O sossego de outros tempos acabou, assim como a natureza intocada.
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Este é o enredo do primeiro romance, A Solidão do Lagarto, do blumenauense Cesar Otacílio, conhecido artista plástico da região. A obra, escrita entre 2009 e 2011, só não foi lançada ainda por problemas com o pseudônimo do autor, Tácio Morais Neto.
No início do ano passado, Otacílio teve o arquivo eletrônico invadido e o livro quase foi lançado por pessoas desconhecidas – até o convite para a noite de autógrafos chegou às mãos do próprio autor. O problema está quase resolvido e a intenção é colocar o livro no mercado este ano, a princípio na internet, mas ainda não há data definida. Otacílio aguarda somente as últimas pendências jurídicas.
– Escrevi este livro todo à mão e passei-o a limpo três vezes. Somente a quarta e última cópia é que fiz no computador. É impossível esta obra não ser minha – afirma o autor.
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O romance mistura ficção e realidade. Otacílio retrata a Praia da Solidão, na Ilha de Santa Catarina, e os problemas enfrentados pela invasão imobiliária que acabam transformando os lugares. Ainda focando o realismo, o autor tenta conscientizar os leitores sobre as questões ambientais e a necessidade de preservação. A imaginação fica por conta de Lagarto, o personagem principal.
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