Uma das maiores expressões das artes plásticas catarinenses disse adeus na tarde deste domingo (10), em Florianópolis. Aos 88 anos, Eli Heil foi vítima de duas paradas cardiorrespiratórias no Hospital SOS Cárdio, onde estava internada há 12 dias, deixando uma obra vastíssima e uma vida dedicada a criar, a imaginar, a colorir o mundo com visões de um universo além do nosso.
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Nascida em Palhoça, em 1929, Eli foi pintora, desenhista, escultora e ceramista autodidata. Começou a produzir tarde, em 1962, e se orgulhava de ter criado mais de 150 técnicas artísticas, empregadas em suportes tão incomuns quanto tampas de vasos sanitários, saltos de sapato, rolos de papel higiênico, fios elétricos e vassouras.
Expôs nos maiores centros do mundo, mas é Santo Antônio de Lisboa que guarda sua maior realização: o museu-obra O Mundo Ovo de Eli Heil, abrigo do acervo da artista e com exposição permanente de seus trabalhos. No final de 2014, realizou uma retrospectiva pelos 50 anos de carreira no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), de cujo acervo é a artista com mais obras arquivadas.
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