Quadros e esculturas famosas, seja pela época em que foram produzidas ou pela importância das mãos que as construíram, valem milhões. Expostas em museus e galerias imensas ao redor do mundo, elas são cercadas por um forte esquema de segurança – isso quando os trabalhos originais não ficam em lugares secretos, longe de qualquer holofote ou possibilidade de roubo e depredação.
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Em um universo em que compradores disputam centavo a centavo o maior lance em leilões de artes, dedicar semanas para esculpir a céu aberto parece loucura. Não para o artista italiano Antonio Iannini, 60 anos, que há 45 dias exibe uma grande escultura na Praia Central de Balneário Camboriú.
– Já tive alguns problemas com bola batendo ou a chuva danificando, mas não penso em cobrir com uma lona ou barraca. A intenção é que todo mundo possa ver – diz o escultor natural de Nápoles, Sul da Itália.
Com 10 metros de comprimento e pelo menos 2,5 metros de altura, a obra em constante modificação nas proximidades da Praça Almirante Tamandaré transforma a areia em monumentos, construções e até figuras humanas. Com o sotaque da região da Campânia, ele revela em palavras o tamanho do amor pelo árduo trabalho feito com as mãos.
Os retoques são diários, a fim de evitar maiores danos principalmente com a ação do tempo. O que também contribui é um material fixador, que mantém os grãos firmes mesmo com o vento e a chuva.
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– Faço esculturas há 15 anos e aprendi sozinho. É uma paixão que eu tenho, e hoje percorro o mundo fazendo esse trabalho – destaca.
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