Vindo de Porto Alegre após a transferência de emprego do pai, Thomas Oliveira chegou em Joinville em meados dos anos 2000, e, desde então, viveu entre as duas cidades. Em 2011, em uma de suas temporadas em Joinville, decidiu montar uma banda e tocar pelos bares da cidade. Nascia assim a banda de reggae Meek Burn. Em uma das apresentações da banda, Thomas conheceu um artista de rua que trabalhava com malabares e que passou a se apresentar nos shows da banda.
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Com o tempo, a admiração por essa arte cresceu, até que Thomas fez dos malabares sua nova fonte de renda. No início, estabeleceu seu ¿escritório de trabalho¿ na esquina da avenida Juscelino Kubitscheck com a rua Padre Carlos, no semáforo do hotel Blue Tree Towers. Com o aumento de artistas disputando esse espaço, passou a se apresentar na esquina das ruas João Colin com a Max Colin, no Centro, e hoje transita por várias cidades lançando ao ar as bolas coloridas.
— A rua sempre foi para mim um espaço de liberdade artística — afirma o artista que vende sua arte nos mais variados cruzamentos de vias de Joinville. Thomas hoje vive da arte dos malabares em tempo integral, faz trabalhos freelance para uma produtora de eventos da cidade, que trabalha fazendo a divulgação de festas e eventos da região.
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Com suas bolinhas e sua gravata borboleta, Thomas luta por seus trocados para pagar a faculdade de educação física, que já cursa há um ano na cidade. No entanto, com as diversas viagens para convenções de malabares, acabou trancando o curso. Quando está em Joinville, o artista mora no escritório da produtora em que trabalha, no bairro Anita Garibaldi, mas, como ele mesmo afirma, ali é apenas um abrigo.
— Quando estou aqui, gosto de estar na rua trabalhando. Isso me proporciona encontros com pessoas que estão ali para te assistir em troca de nada, isso te fortalece, te emociona.