Um show internacional e inédito chega ao Vale do Itajaí nesta quinta-feira (23). O artista, apesar de ser natural de Curitiba (PR), vive atualmente em Nova York, nos Estados Unidos, e conta, ansioso, sobre as expectativas para a apresentação desta noite em Indaial. Aos 35 anos, Eduardo Mercuri toca um estilo musical que envolve muito improviso e um repertório criado no momento: o jazz.
Continua depois da publicidade
Receba notícias de Blumenau e região pelo WhatsApp
Não é a primeira vez que o artista vem a Santa Catarina para mostrar o talento e encantar o público. Ele já esteve no Estado para acompanhar outros projetos, mas somente agora, em 2023, ele traz para as cidades brasileiras o próprio trabalho desenvolvido na área do jazz, em um show solo — ele e a guitarra.
— Eu estou com muita expectativa porque nunca toquei esse tipo de som aqui. Então nem sei se o público conhece. Vai ser algo muito novo e eu estou bem feliz — revela o artista.
Eduardo explica que no jazz o músico desenvolve um trabalho baseado no improviso. Ou seja, o artista expõe um tema e cria algo no momento, respeitando a forma da música. Comenta que nos Estados Unidos esse tipo de proposta é bastante comum e, por isso, pretende levar ao público uma reflexão do que pratica no exterior.
Continua depois da publicidade
— Isso é uma coisa que é muito característico, né. Nova York tem muito disso, muitas casas de jazz e o povo já é acostumado. Eu estou querendo trazer isso pra cá. Eu acho que já tem, mas quero trazer a minha vivência — explica Eduardo.
O artista vive em terras estadunidenses desde 2011, quando conseguiu uma bolsa de estudos e decidiu se mudar para lá. Antes disso, ele cursava graduação na Faculdade de Artes do Paraná (FAP), em Curitiba, onde aprendeu choro, um gênero instrumental brasileiro. Mais tarde, se interessou pelo jazz cigano e ao chegar nos Estados Unidos se apaixonou pelo estilo que toca até hoje.
— Foi lá que eu me aprofundei no jazz americano, tradicional mesmo. Eu sempre gostei, só não sabia fazer ainda, porque é um exercício para sempre, eu estudo até hoje, não dá para falar ‘agora eu sei’. Essa que é a beleza do negócio — diz ele.
Eduardo admite, no entanto, que se apresentar no país onde nasceu causa uma emoção diferente. Ressalta que o brasileiro é um povo “caloroso” e que costuma receber muito bem o jazz. Além disso, o artista também toca muitas músicas daqui no estilo que domina, o que faz com que as pessoas cantem junto e se empolguem com a apresentação.
Continua depois da publicidade
Quando questionado sobre a força desse gênero em Santa Catarina e no Vale do Itajaí, Eduardo considera que o estilo vem se desenvolvendo mais com o passar do tempo, mas é necessário que os shows ocorram com mais frequência na região para estimular o público.
— Eu conheço muitos músicos de jazz no Estado e sei que tem uma veia muito forte da música instrumental. Então é algo que só tende a crescer e é uma questão do público criar gosto também, né. Para acontecer isso, precisa ter apresentações mais regulares para que aqueles que se interessam pelo estilo possam estar sempre prestigiando — reflete o artista.
Nesta noite, em Indaial, Eduardo faz show às 20h30min, no Baron Gastro Bar, que fica no Centro da cidade. O músico também se apresenta na Serra Catarinense, com espetáculos em Bom Jardim da Serra, na sexta-feira (24), e em São Joaquim, no sábado (25). A vinda dele ao Estado foi organizada pelo Clube do Jazz.
Eduardo já esteve em Curitiba e Goiânia durante os meses de janeiro e fevereiro. Depois de Santa Catarina, encerrará a passagem pelo Brasil.
Continua depois da publicidade
*Estagiária sob supervisão de Bianca Bertoli
Leia também:
Indaial recebe show internacional de jazz com turnê também pela Serra Catarinense
Grande incêndio atinge depósito de loja de móveis em Brusque e mobiliza bombeiros