Bob Abreu Miller, 31 anos, é filho de pai americano e mãe brasileira. Desde criança se acostumou a viver na ponte área Brasil-EUA. Nascido em Fortaleza, Bob viveu parte da infância com os pais na cidade americana de Kansas City e frequentemente viajava ao Brasil. Ainda pequeno, sonhava em ser palhaço. Logo se apaixonou pela música, e aos sete anos arranhava algumas notas no acordeom, ainda sem saber que este seria o instrumento que levaria sua arte pelo mundo.
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Durante essa jornada, Bob percorreu vários caminhos em busca do sustento. Com formação em psicologia e antropologia cultural pela Universidade do Missouri–Kansas City e fluente em três idiomas, foi professor de inglês durante cinco anos em duas escolas de Fortaleza. Para ir do trabalho até sua casa, usava um monociclo como meio de transporte.
Há três anos, se apresenta pelas ruas e praças das cidades como o palhaço Bob Nelson. Bob chegou à região Norte para participar do festival de música Psicodália, que ocorre todo ano durante o Carnaval em Rio Negrinho, a convite de amigos, e depois veio para Joinville.
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— Aqui o povo não está muito acostumado com arte de rua, mas gosta muito de sanfona — conta o artista, enquanto se apresentava em frente à agência da Caixa Econômica na rua do Príncipe, no Centro de Joinville.
Bob já passou por quatro países: Brasil, Argentina, Paraguai e EUA. E já não lembra mais quantas cidades percorreu. Em Joinville, esteve apenas uma vez e acredita que, embora o clima não seja propício para a arte de rua, a cidade oferece várias possibilidades.
— É muita chuva, dificulta um pouco. Por isso é bom ter várias opções de locais para apresentação, sempre valorizando o espaço de convívio entre as pessoas e os artistas.
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