Artilheiro da Chapecoense no Campeonato Catarinense 2019, com quatro gols em 11 jogos, o atacante Everaldo revelou o segredo de sua energia em campo. Num meio em que imperam músicas de estilo sertanejo, pagode e samba, ele curte um rock. É assim que o atleta pretende liderar o Verdão no domingo, às 16h, na final diante do Avaí, na Ressacada.
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– Eu me minto estranho, o pessoal às vezes nem sabe que gosto de rock, mas antes dos jogos eu coloco meu fone de ouvido e ouço AC/DC, Nirvana, e isso me deixa ligado, com energia e sangue nos olhos – disse o atacante.
Autor do gol que classificou a Chapecoense para a decisão estadual, na vitória de 1 a 0 sobre o Figueirense, Everaldo pretende entrar no rol dos grandes atacantes do cube, lugar onde estão Bruno Rangel, Aloísio, Paulo Rink e Índio, que conheceu recentemente. O jogador começou a gostar de rock em sua cidade Natal, Garibaldi, na serra gaúcha. Lá, ele e mais três amigos montaram a banda "Machado Negro", que depois virou "C4".
– Eu tinha 13 para 14 anos e na minha cidade o pessoal gostava muito de rock. Eu gostava de punk rock e bandas como Ramones e Nirvana. Quem sofria era a vizinha do meu amigo onde nós fazíamos os ensaios – afirmou.
Quando saiu de Garibaldi para ir jogar na base do Esportivo de Bento Gonçalves, a banda foi encerrada. Agora, na semana da final do Catarinense, Everaldo relembrou os velhos tempos de vocalista. Ele foi num ensaio da banda Mister Magoo, de Chapecó, autora do clássico Rock do Verdão, que anima a torcida desde os tempos em que a Chape sofria para seguir na elite. A letra, aliás, surgiu num rebaixamento, que não foi disputado por causa de uma seletiva.
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– Esperamos que o Everaldo entre sempre com a garra e a força do rock – falou o vocalista da Mister Magoo, Anderson Tombini, o Alemão, um dos autores do Rock do Verdão.
Anderson só não acompanhou o título do Catarinense de 1977. Mas vibrou nos anos 80 com jogadores como Niltão e Ronaldo, artilheiro do Estadual de 1987, com 16 gols.
Everaldo, que usa a camisa 77 não pelo primeiro título da Chape, mas por gostar do número, aproveitou para cantar a música "Blitzkrieg bop", do Ramones, que faz referência à tática de guerra-relâmpago, utilizada pela Alemanha na Segunda Guerra Mundial.
Descendente de alemães, ele também utiliza algo parecido com a "blitzkrieg" quando invade a área adversária. Everaldo, que ainda não marcou gols contra o Avaí pela Chape, prometeu que se fizer três gols no domingo, na Ressacada, irá pedir no Fantástico a música Rock do Verdão.
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