Notícias alarmantes sobre comportamentos antiéticos envolvendo executivos que trabalham nas organizações nos chegam a cada minuto. Deixamos de ficar surpresos quando organizações simplesmente ignoram seus propósitos. Capricham na redação das ideologias prometendo respeito aos colaboradores, sociedade, meio ambiente, clientes e fornecedores, mas não honram o que escrevem. Imaginava-se que a avalanche de denúncias inibiria a propaganda enganosa, mas não. Existe uma cultura em determinadas organizações com comportamentos egoístas arraigados, acostumados à impunidade. Correr risco de passar vergonhafrente à opinião pública parece insuficiente para o arrependimento e mudança imediata.
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Mudar este cenário é um enorme desafio. Quem deve assumi-lo e enfrentá-lo nas organizações? Com a palavra os responsáveis pelo Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO), profissionais especializados nas ciências do comportamento. O CEO da organização e os executivos do alto escalão têm papel fundamental na mudança, mas e quando são exatamente eles os mentores das falcatruas? Os que ficam omissos e com postura de mero expectador das irregularidades com a desculpa do “Eu não sabia!”? Os que resistem a dar o exemplo da mudança no comportamento organizacional? Nestes casos, qual deve ser o protagonismo dos profissionais de DHO? Estão dispostos a advogar com coragem e perseverança o processo de mudança, inclusive colocando seus empregos em risco?
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A principal missão do profissional de DHO no século 21 é implantar a virtuosidade organizacional. Segundo estudos de Neuza Ribeiro, a virtuosidade organizacional possui três atributos: (1) Impacto humano: a virtuosidade está associada ao florescimento individual e moral dos seres humanos; (2) Bondade moral: a virtuosidade organizacional representa o que é bom, correto e digno de ser “cultivado”; (3) Melhoria social: a virtuosidade estende-se para além dos desejos instrumentais do ator, criando valor social que transcende o mero benefício pessoal.
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Alguma dúvida que se trata da área de especialidade dos profissionais de DHO?